Flash Mob no Minhocão

Guerra sim, mas de papelão

Guerreiros de toda a Nova Bretanha, vulgarmente conhecida como São Paulo, se reuniram ontem no Elevado Costa e Silva (Minhocão) para fazer frente às forças invasoras dos Filhos de Musashi.

Apesar da premissa, ninguém saiu ferido. A Guerra de Tubos de Papelão é um Flash Mob em que cada batalha é um capítulo de uma grande história que é contada no blog. Sua continuação é decidida na vida real, a cada dois meses.
















fonte: site Contagioso, postado por Caio Komatsu


REGISTRO EM VÍDEO

sobre documentário "Elevado 3.5"

'Elevado 3.5' discute relação de São Paulo com Minhocão
Produção ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival É Tudo Verdade

de O Estado de São Paulo, 02/06/201



SÃO PAULO (Reuters) - Não foi por acaso que a produção "Elevado 3.5", referência direta ao Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, em São Paulo, venceu o prêmio de melhor documentário brasileiro no Festival É Tudo Verdade, em 2007. Filme compõe um mosaico de personagens vizinhos da via expressa.

Às margens da obra, considerada "uma das mais feias da cidade", segundo pesquisa realizada com paulistanos pelo Datafolha em 2004, vivem pessoas cuja história é captada com atenção pelos diretores João Sodré, Maíra Buhler e Paulo Pastorelo. Diretores debutantes, diga-se, mas que conseguem levar à tela o que há de mais candente em retratos de vida, nesse filme que estreia em São Paulo na sexta-feira.

Há casos interessantes, como o de Luis Vieira da Costa, cuja janela está em frente ao viaduto. Ele é categórico ao dizer que sente falta do som de buzinas e de motores nos fins de semana, quando a via é ocupada por bicicletas e pedestres. No mesmo apartamento, Erotides de Lima diz preferir os automóveis às pessoas, pois elas ficam gritando em sua janela.

Há outras situações, como o de figuras silenciosas que apenas alimentam os pombos e passeiam com cachorros, compondo um contraste com o conturbado e sonoro dia-a-dia do elevado. Tudo está ali, na tela, mostrado para aqueles que acreditam que o Minhocão é apenas uma via expressa. Na verdade, mais parece uma cicatriz urbanística do que uma via que liga bairros densamente povoados.

Como obras de engenharia prejudicadas por erros em sua origem, "Elevado 3.5" possui também problemas comuns detectados em iniciantes, como microfones aparecendo e o grupo técnico filmado apinhando-se em apartamentos exíguos.

Questionado sobre os personagens, Paulo Pastorelo afirma que a obra é aberta, suscetível a muitas interpretações. João Sodré, por outro lado, surpreendeu-se com as entrevistas que concedeu, pois demonstram quão complexas são as relações das pessoas com os espaços em que habitam.

"Elevado 3.5" vai além das memórias de seus personagens e mostra-se oportuno para discutir a própria ideia de urbanidade, tema tão premente numa cidade como São Paulo. (Por Rodrigo Zavala, do Cineweb).

>> link para matéria original (com vídeos)

documentário "Elevado 3.5"

ELEVADO 3.5 é um filme sobre o mundo de pessoas que se cruzam ao longo dos 3.5 km do Minhocão, via expressa construída na região central de São Paulo durante a ditadura militar.

Do nível da rua ao último andar, o espectador é conduzido por diferentes pontos de vista. Por cima e por baixo da via, à sombra ou nos fios de luz que desenham uma cidade recortada, o filme se desenrola por meio do mergulho nas histórias dos personagens. A memória do alfaiate, do pedreiro, do comerciante, das filhas do imigrante italiano ou da cantora, cede espaço para imagens de arquivo. As palavras da cabeleireira transexual, do senhor “diplomado na escola da vida”, o canto de uma pessoa solitária, inserem novamente o espectador no presente. Tempos se entrecruzam. Outros personagens aparecem. Pessoas que estão ali por opção ou não, há muito ou pouco tempo, de diferentes idades e origens. O Elevado provoca e converge os olhares: de janela para janela, do segundo andar para a via expressa, do carro para dentro do apartamento, do ônibus para o comércio, do comerciante para o transeunte, da cobertura para a paisagem.


trailer ELEVADO 3.5 from João Sodré on Vimeo.

>> mais informações no site Elevado 3.5

pré-estréia "Elevado 3.5" no Minhocão

Minhocão vira cinema ao ar livre
'Elevado 3.5', vencedor do 'É Tudo Verdade', foi exibido para mais de 2 mil pessoas em plena via

de O Estado de S. Paulo, Flávia Guerra , 30/05/2010

SÃO PAULO - O Minhocão ganhou uma cara diferente nesta noite de domingo. O documentário Elevado 3.5, dirigido por João Sodré, Paulo Pastorello e Maíra Bühler, foi exibido no próprio elevado, na esquina da Rua Helvétia com a Avenida São João.

No ano em que se discute se o Minhocão deve ou não ser demolido, o público paulistano demonstrou que está interessado na discussão. Prova disso é que estavam previstas 500 pessoas para a sessão (o número exato de cadeiras disponibilizadas pela produção do evento), no entanto o que se viu foi muita gente em pé.

"Toda a verba para montar a tela, o equipamento de som e a tenda em cima das cadeiras foi bancada por nós mesmo. Estamos muito felizes de ver que em vez de 500, há cerca de 2 mil pessoas aqui", comemorou uma das produtoras do filme, Joana Mariani. A produção, vencedora do festival É Tudo Verdade em 2008, estreia no Espaço Unibanco de Cinema na próxima sexta-feira.












































>> link para matéria original
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vídeos da pré-estréia de "Elevado 3.5"

pré-estréia ELEVADO 3.5 from João Sodré on Vimeo.


pré-estréia ELEVADO 3.5 from João Sodré on Vimeo.

fotos cracolândia, bairro Santa Cecília

Imagens do uso de crack no bairro de Santa Cecília, em São Paulo.
publicado em estadao.com.br/fotos, em 25/05/2010

Foto: JF Diorio/AE
Usuários de crack fumam no bairro de Santa Cecília, em São Paulo




















 
>> as imagens são fortes, continuar vendo 
>> ou veja publicação original e também imagens da cracolândia Rio, no Estadão.com

vídeo Cracolândia

O vídeo Cracolândia é parte das imagens produzidas por Fernando Donasci e Paulo Whitaker, do bairro da Luz. As imagens mostram cenas de usuários de crack na região.

O ensaio fotográfico foi publicado pela agência internacional de notícias Reuters, 'Land of the living dead', em 21/05/2010 (link para matéria publicada
>> link para o ensaio fotográfico


Cracolândia from Coletivo Garapa on Vimeo.

>> vídeo Cracolândia, do canal do Coletivo Garapa, no Vimeo

Cracolândia or Crackland, ensaio fotográfico, agência Reuters

Agência internacional faz ensaio de fotos sobre a Cracolândia

do estadão.com.br , 18/05/2010

A agência internacional de notícias Reuters distribuiu nesta terça-feira, 18, uma série de fotos feitas no bairro da Luz, conhecido como Cracolândia, em São Paulo, em 27 de março deste ano. As imagens mostram diversas cenas de usuários de crack na região.

Após 30 anos de tráfico de drogas de abuso no distrito, a prefeitura de São Paulo está implementando um programa para revitalizar a Cracolândia, o Nova Luz, mas o problema só piora.


Foto: Fernando Donasci/Reuters



















 
>> imagens fortes, continuar vendo 

>> ou veja todo o ensaio fotofotográfico sobre a Cracolândia no site da agência Reuters

Kassab, demolição do Minhocão

Kassab anuncia plano de demolição do Minhocão
Medida faz parte das três novas operações urbanas anunciadas pela Prefeitura semana passada

em de O Estado de S. Paulo, por Vitor Hugo Brandalise, em 06/05/2010

SÃO PAULO - O prefeito Gilberto Kassab anunciou na manhã desta quinta-feira, 6, o plano que prevê a demolição do Elevado Costa e Silva, popularmente chamado de Minhocão.

As medidas fazem parte das três novas operações urbanas anunciadas na semana passada, que buscam adensar áreas e incentivar o mercado imobiliário, principalmente nas regiões próximas a ferrovias, redefinindo a ocupação dos espaços urbanos.

Com a venda de potencial construtivo para os novos empreendimentos, a Prefeitura quer derrubar o Minhocão e abrir uma nova via estrutural de 12 km sobre a linha de trem entre os dois bairros - a ferrovia se tornaria subterrânea. No entanto, não há nem prazo nem custo estimado para essas obras. A única data divulgada pela Prefeitura é concluir até setembro de 2011 é o plano de trabalho dessas ações. Fora isso, Kassab também quer eliminar o Terminal Barra Funda, transferindo os serviços de transporte para a Lapa.

Para a Prefeitura, com a demolição do Elevado, a nova via expressa, onde hoje é uma ferrovia, vai amenizar impactos no trânsito e revitalizar a região. O Minhocão é considerado um dos responsáveis pela degradação do Centro, que concentra moradores de rua e usuários de droga. Além disso, o trânsito e a poluição visual também são fatores que contribuem para a depreciação do local.
























>> link para publicação original

intervenção, projeto kombi no minhocão

projeto kombi no minhocão
do canal ocupacidade, no YouTube

intervenção urbana planejada inicialmente para o centro da cidade de são paulo.

kombi construída com papelão.
tamanho real.
não usa gasolina.
precisa de 4 pessoas para carregar.
cabe um monte de amigos dentro.
custa barato...
... e é divertido!!!
precisa de algo mais???

intervenção no minhocão: 4.10.2009.
elevado costa e silva
centro
são paulo.
foi maluf que fez!!!!
e deu o nome do ilustríssimo ex-presidente.
estorvo no centro da cidade...
mas de domingo o povão ocupa e o transforma em um parque cinza!!!
nós furamos o bloqueio e entramos de carro em pleno domingão!!!!

Funarte, em São Paulo, vira endereço da "Cracolândia"

A Cracolândia, que antes era localizada num ponto específico da região central da cidade, foi mudando de lugar, e o seu novo endereço é a calçada da Fundação Nacional de Arte, um complexo cultural ligado ao Minc.



do canal do Minc no YouTube, publicado em 20/01/2010

uso de crack no Minhocão

Minhocão continua a ser opção aos viciados
Desde o ano passado, quando cracolândia virou alvo de ação da PM e da Prefeitura, usuários de crack têm ocupado elevado quando não há carros

em O Estadao de S.Paulo, por Marici Capitelli, 09/01/2010

Usuários de crack continuam a ir para o Minhocão quando o elevado fecha para carros, das 21h30 às 6h30. Na noite de anteontem e madrugada de ontem, a reportagem encontrou ao menos 50 dependentes químicos na alça de acesso para a Rua Amaral Gurgel, em Santa Cecília, no centro de São Paulo. Desde julho, após o início de uma operação da Polícia Militar e da Prefeitura, os viciados têm se espalhado pelo centro.

O ponto de uso de drogas recebe dois perfis de frequentadores: o que foi retirado das ruas próximas por seguranças particulares pagos por moradores e comerciantes e outro que vem das Ruas Gusmões, Vitória e Guaianases, na cracolândia, ocupada há seis meses por Prefeitura e Estado. Quando o Minhocão é aberto, os drogados circulam entre os carros, atrapalhando os motoristas.

"Eu mesmo peço para eles saírem das ruas e irem para o Minhocão. Lá, eles não correm o risco de serem atropelados e não incomodam", diz Fernando Pereira da Cruz, chefe da segurança particular paga por comerciantes e moradores. Ele reconhece que a medida é paliativa e só transfere o problema de uma rua para outra. Cruz tem dois seguranças que patrulham 24 horas as Ruas Sebastião Pereira, Praça Alfredo Paulino, Ruas das Palmeiras e Ana Cintra. "Conheço a maioria dos usuários e eles concordam em ficar no Minhocão", completa.

Aos 35 anos, um gerente de loja que é usuário há cinco anos, diz que há uma semana passou a usar o elevado para consumir crack. "Está impossível ficar na cracolândia com tanta polícia passando e vim para cá. É mais discreto", diz. Outro usuário, de 21 anos, não concorda. "Só estou aqui porque me tiraram da rua aí da frente. Mas aqui é muito morto, não tem muvuca."

O movimento em cima do viaduto é bem menor do que o registrado na cracolândia. Entretanto, é suficiente para tirar o sono dos moradores de um prédio ao lado da nova concentração. "Eles gritam, brigam e até tiro já ouvi", lamenta Jener Portella, morador do prédio e dono de duas lojas na região. Segundo ele, com a ausência do poder público não resta outra alternativa a não ser pagar vigilantes.

ATUAÇÃO POLICIAL

O coronel Marcos Roberto Charles da Silva, comandante de policiamento da área centro, garante que a corporação já esperava a migração dos usuários da cracolândia para outras regiões. O Minhocão estava entre os locais prováveis, mas era onde menos a Polícia Militar acreditava que eles fossem. "Não apostávamos muito nesse ponto porque eles têm de sair quando a pista é aberta."

Segundo ele, a PM tem feito abordagens no elevado. "Apuramos toda a parte policial, mas esbarramos na questão social, já que essas pessoas são dependentes." O coronel garante que estão previstas ações para o Minhocão nos próximos dias. Com relação à ocupação na cracolândia, Silva diz que a ênfase no trabalho, neste ano, será a reinserção dos viciados na sociedade.

>> veja matéria original sobre uso de crack no Elevado Costa e Silva

curta Jardim Suspenso da Babilônia

Curta sobre o Minhocão é premiado em festival

O curta metragem “Jardim Suspenso da Babilônia” que retrata a pintura de flores no asfalto do elevado Costa e Silva, o popular Minhocão, foi um dos nove premiados pelo site de vídeos Babelgum.

O concurso realizado na última semana de 2009, contou com a presença da atriz Isabella Rosselini, entre o corpo de jurados e foi posteriormente exibido em plena Times Square, em Nova Iorque.


Confira abaixo o curta premiado:




A pintura do minhocão foi protagonizada pelo fotógrafo paulistano Felipe Morozini, que é morador de um prédio na área do elevado, e seus amigos. As fotografias podem ser conferidas no álbum do Flickr de Morozini
( http://www.flickr.com/photos/morozini/sets/72157622557458417/ )




















>> publicação original em São Paulo Antiga, por Douglas Nascimento, em 08/01/2010
>> veja também a publicação 'Minhocão com flores', sobre a intervenção no Minhocão que origou o curta Jardim Suspenso da Babilônia

Minhocão com flores

Asfalto do Minhocão ganha flores no fim de semana
Artista fez intervenção temporária numa das principais ligações entre as zonas leste e oeste de São Paulo

fonte: estadao.com.br , por Ítalo Reis, 05/10/2009




















SÃO PAULO - E de repente o Minhocão ganhou flores. O tom cinzento do asfalto ganhou traços brancos que não pertenciam às faixas de sinalização da pista e deram um novo ar à via. Fechado para os pedestres aos fins de semana, o Elevado General Arthur da Costa e Silva, conhecido pelo trânsito intenso durante a semana, "desabrochou" em 15 minutos no domingo com a ajuda do fotógrafo e artista plástico Felipe Morozini.

O elevado foi tomado por 30 pessoas que, munidas com cal, começaram a pintar a primavera no chão. "Faz três anos que eu quero fazer essas flores, pois acho o Minhocão uma obra muito agressiva", afirma o artista, que há oito anos mora no último andar de um prédio que fica em frente à via ("uma vista incrível"), uma das principais ligações entre as zonas leste e oeste de São Paulo, passando pelo centro da cidade.

"Eu vivo aqui por que quero, mas as (outras) pessoas moram por falta de opção. Gostaria de dar a elas essa oportunidade (de ver algo diferente do trânsito)", diz Morozini, explicando que o apartamento é herança de uma bisavó. Todas as pessoas envolvidas na intervenção urbana são amigos do artista. Por enquanto, ele não pensa em fazer nenhuma obra em outro ponto da cidade. "Para fazer isso eu penso no meu entorno, minha cabeça vai em melhorar a vida das pessoas do entorno".

Além disso, o desejo de participar de um festival de documentários sobre arte na rua, que vai ser realizado em Nova York, também mobilizou Morozini a agir. "Foi o que me motivou". Mas então por que não usar tinta e dar mais cor ao asfalto? "Porque é proibido". Só isso? Não. "O intuito é fazer as pessoas pensarem. Ninguém quer estragar a cidade", explica-se, dizendo que também é interessante o fato de o cal sair na chuva.

E como uma obra, provocou diferentes reações nas pessoas. Segundo o artista, uma pessoa disse que era bonito por ser primavera. Outra falou que alguém pensando positivamente na região já era uma boa coisa. E uma mulher acabou ligando para a polícia e disse que o Minhocão estava sendo pichado. "A polícia chegou, mas foi bacana", disse Morozini, que informou que o cal iria sair com água.

Intuito de fazer intervenções artísticas em outros pontos Morozini não diz ter, mas quem sabe mais alguma coisa no elevado. Agora eu já pensei em fazer outro e aumentar um metro a cada ano". Outro desejo do artista é ver àquela região central mais colorida. "Eu acho grafite lindo. Meu sonho é que todos os prédios do minhocão pintados por grandes grafiteiros". 

>> veja também a publicação 'curta Jardim Suspenso da Babilônia' (a intervenção, virou um curta)

SP quer mais grafites no Minhocão

Pintadas, colunas virariam galeria de arte

fonte: estadão.com, por Luísa Alcalde, 16/01/2009

Uma proposta da Prefeitura de São Paulo pretende transformar o vão livre do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, na região central, em uma galeria oficial do grafite. As colunas de sustentação do elevado receberiam obras de grafiteiros da cidade. O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, já articula o projeto e, na próxima semana, se reúne com artistas para discutir a ideia.

O secretário quer saber o que eles pensam sobre essa forma de arte e quais obras espalhadas nos muros da cidade podem ser consideradas grafite. Segundo Matarazzo, a Prefeitura não vai patrocinar os trabalhos financeiramente nem bancar material, como tintas, sprays e pistolas. "Seria uma adesão espontânea", explicou o secretário. Nesse caso, os painéis teriam de estar sempre em ordem e serem cuidados e retocados pelos autores para não se degradarem.

Matarazzo também pretende mapear os grafites existentes na cidade com a ajuda dos artistas e, posteriormente, colocar o roteiro em um catálogo. As obras seriam ainda identificadas com placas com os nomes dos autores.

Dessa forma, as empresas terceirizadas que prestam serviços de manutenção para a cidade saberiam que se tratam de painéis autorizados e não os apagariam, como ocorreu há uma semana na Avenida Radial Leste, com um painel dos irmãos Otávio e Gustavo, da dupla de artistas Osgemeos apagado por engano.

"O que têm acontecido é que murais muito degradados, com pichações por cima, feios, estragados acabam recebendo tinta por cima", explicou o secretário. Segundo Matarazzo, nem todos grafites sem autorização são apagados.

O grafiteiro Eduardo Kobra apoia a iniciativa da criação da galeria do grafite. "Se puderem guardar a obra para que não pichem e não se deteriore é uma proposta interessante", afirmou. Ele defende que o espaço seja entregue a grafiteiros variados e não restrito a grupos para ser explorado de forma pluralista.

>> veja matéria original no estadao.com

Minhocão terá uma 'galeria de grafite' de artistas paulistanos

Projeto da Prefeitura vai incentivar a elaboração de painéis embaixo do Elevado Costa e Silva

fonte: estadão.com, por Aline Nunes e Bruna Ribeiro, 29/09/2008

O Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, será transformado em uma galeria de grafite dentro de dez dias. O local será decorado com pinturas de artistas urbanos da capital. Em breve, a iniciativa poderá ser repetida em outros pontos de São Paulo.

Segundo o coordenador das áreas verdes da Secretaria das Subprefeituras, André Graziano, quem passar pelo Elevado nos próximos dias vai notar diferenças. "Pretendemos dar os primeiros passos para transformar o Minhocão em uma galeria de arte. Grafiteiros reconhecidos mundialmente, como Binho e a dupla Os Gêmeos, irão participar da iniciativa."

Quem está acostumado a passar pelo local aguarda com expectativa o projeto. "O Minhocão já é uma referência do grafite social, porém, muita coisa foi perdida. A iniciativa é ótima, não há nada mais urbano do que as construções com grafite", disse o estudante de moda Rodrigo Yaegashi, de 19 anos.

Para algumas pessoas, as pinturas também são sinônimo de ação social. "Tudo que for artístico é válido, porque inibe a pichação. Com esse projeto, quem sabe alguns pichadores despertem para a grafitagem", opinou a analista de gestão Ilza Harumi, de 50 anos.

Graziano explica que o Minhocão é o primeiro ponto da Cidade que vai receber uma nova roupagem artística. "São Paulo tem muito espaço para a arte, só é necessário um estudo de área para não ocorrer equívocos", explicou.

A Prefeitura está formando uma curadoria de grafiteiros para evitar que obras sejam apagadas por engano, como o ocorrido no mês de julho, com os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo (Os Gêmeos) - um de seus grafites, na Avenida 23 de Maio, foi confundido com pichação e apagado. "Na curadoria serão definidas quais áreas devem ser ocupadas por grafite e ainda quais obras precisam de restauração", explicou Graziano.

O coordenador do projeto acrescenta que a curadoria está sendo formada pelos grafiteiros mais conhecidos da capital. "É uma ação de parceria da Prefeitura e dos grafiteiros", disse. Para Otávio Pandolfo, a iniciativa será recebida com sucesso. "Sempre houve boa aceitação do grafite em São Paulo. A cidade inteira pode ser usada como uma galeria. Não só o minhocão."

O artista ressalta ainda que este é o melhor momento para o grafite receber mais espaço na capital. "Muita coisa já foi apagada em São Paulo. Agora é hora de resgatar a arte que foi perdida. Só depois de refeitas, pensaremos em novos painéis", completa Pandolfo.

Repercussão

Mas não são todos os paulistanos que apreciam o movimento do grafite. Para algumas pessoas, as pinturas são muito semelhantes à pichação. "Tem desenho que a gente não entende. Não acho que grafite seja uma arte", criticou a auxiliar doméstica Vânia da Silva, de 35 anos.

Já para a professora Roseli Borges, de 45 anos, a grafitagem pode ser útil à população. "Gosto quando os desenhos instruem as pessoas". Já Wilson Tacola, de 66 anos, não gosta do visual da região. "Moro bem perto do Minhocão e acho o local muito feio. Se pudesse, derrubaria, mas como não posso fazer isso, é melhor ter a beleza do grafite", disse o morador.

>> veja matéria original sobre a 'galeria de grafite' no Minhocão

projeto premiado sobre Minhocão - O Novo Elevado

O Novo Elevado

José Alves e Juliana Corradini
Frentes Arquitetura

1º Prêmio - PRÊMIO PRESTES MAIA DE URBANISMO – UMA CICATRIZ CORTA A CIDADE: SOLUÇÕES PARA O ELEVADO COSTA E SILVA (MINHOCÃO), São Paulo, SP - 2006
1º Prêmio - 7ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO - 2007
Exposto na 10ª Bienal de Veneza, 2006

O Minhocão será transformado em uma inédita estrutura urbana e instituirá uma outra conexão entre a cidade e o seu entorno, entre os edifícios e sua implantação, interagindo com as condições existentes, complementando as redes de tráfego, o espaço cheio e o vazio. Ressurgirá sob novas formas de engenharia, de arquitetura e de espaços urbanos cuja expressão e representação será única e notável no contexto da cidade de São Paulo.

Manteremos o Elevado de pé, com sua função atual de conexão viária leste-oeste, porém propondo uma nova topografia que surgirá como uma experiência para diversificar a velocidade do fluxo atual desta construção tão bruta e odiada, transformando-o em um contemporâneo arcabouço pelo acoplamento de uma nova estrutura metálica ao corpo do Minhocão, constituindo-se em um único sistema com múltiplos usos e funções: um Parque elevado sobre as pistas de tráfego ao longo de toda a sua extensão, galerias laterais com usos diversificados, localizadas em pontos estratégicos e, anexados e coordenados a este novo conjunto, edifícios de acesso e de apoio infra-estrutural ao Parque e às galerias, com programas variados, públicos, devolvendo ao solo da cidade o seu caráter “líquido”, mutável.

Não se trata de estabelecer linhas, mas faces, oferecendo uma reflexão sobre o instante, sobre o fragmento e tornando a complexa realidade em pausa. Relações não visíveis que descrevem a equação da alma da cidade.

MANUTENÇÃO DO ELEVADO COSTA E SILVA COMO LIGAÇÃO LESTE-OESTE

Sobre o Elevado Costa e Silva circulam diariamente 80.000 veículos das 6:30 h às 21:30 h, de segunda-feira a sábado (aos domingos e feriados ele é fechado). Seu tráfego intenso demonstra sua importância viária como ligação leste-oeste. Desse modo, decidimos mantê-lo com essa função, porém acrescentando novos programas e novo uso para essa estrutura, a fim de valorizar a região onde está situado, dando para a cidade uma nova dinâmica pela criação deste surpreendente espaço de convívio e lazer.

INVÓLUCRO DO ELEVADO

O Elevado Costa e Silva passa em vários pontos muito próximo às janelas dos edifícios do seu entorno, gerando um nível de ruído muito alto. Projetamos um invólucro metálico de fechamento, transformando-o em um túnel. Desse modo, além da melhoria das condições ambientais para sua vizinhança, o Minhocão funcionará 24 horas como rota viária, desafogando o trânsito das avenidas São João e General Olímpio da Silveira que já se mostram congestionadas após o horário de seu fechamento.

As vedações laterais terão níveis de opacidade diferentes durante o trajeto (sempre com o cuidado de não ofuscar a visão de quem dirige) para não entediar o motorista e enriquecer visualmente seu desenho na cidade. Utilizaremos painéis de concreto com espessura de 50 mm e dois vidros temperados (transparentes ou foscos) de espessura de 10 mm separados por um colchão de ar de 80 mm. Nas esquinas e cruzamentos não haverá fechamentos, o ar circulará e a estrutura metálica ficará aparente para a cidade.

CRIAÇÃO DE UM PARQUE SUSPENSO

A cidade de São Paulo é de modo geral carente de parques. Na região do Minhocão isso se mostra evidente aos domingos e feriados, quando ele fica fechado para o tráfego de veículos e a população o utiliza para lazer, apesar da completa ausência de infra-estrutura para tal.

Sobre o túnel propomos um Parque público, com o mais variado programa: espaços de contemplação, mesas com jogos, playground, pistas de skate, ciclovias, espaços para apresentações e exposições ao ar livre, bancas de revistas, postos policiais e de informações turísticas, dentre outros. A infra-estrutura de apoio para seu funcionamento se localizará nos Edifícios de Acesso que, além disso, poderão abrigar cinemas, teatros, restaurantes, bibliotecas, escolas, galerias de arte, shoppings, livrarias, além de estacionamentos subterrâneos, incentivando a utilização deste espaço por visitantes de todas as classes sociais.

CRIAÇÃO DE GALERIAIS LATERIAIS

Ao longo dos 2,7 km do Minhocão, situações de abertura visual junto aos largos e praças surgem, constituindo possibilidades de desenho para o novo Elevado. Assim, foram criadas galerias junto ao túnel proposto, ora em um lado só, ora nos dois lados, para usos tanto públicos como privados (sendo o aluguel destas revertido para os cofres da Prefeitura. Além disso, nas galerias privadas, os fechamentos externos de vidro poderão ser alugados para propaganda, transformando-se em mais uma fonte de receita).

Seu conforto térmico será garantido por ventilação natural através dos caixilhos e por seu alto pé-direito, possibilitando a circulação do ar. Entretanto, todas elas possuirão infra-estrutura para serem climatizadas quando receberem exposições e outros eventos especiais.

O Elevado Costa e Silva tem suas faces voltadas para o Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste e Sudoeste. Assim, quando necessário, algumas galerias terão sistema de brises: horizontais para aquelas voltadas para o N e NE e verticais para aquelas cujas fachadas são voltadas para o SO e W.

OPERAÇÃO URBANA MINHOCÃO

Para a viabilização do empreendimento e desenvolvimento da região propomos a Operação Urbana Minhocão nos lotes lindeiros ao longo do Elevado, nos mesmos moldes da Operação Urbana Centro, destacando-se: coeficiente de aproveitamento máximo 6 para uso residencial e misto-residencial e não computação, para efeito de cálculo, de coeficiente de aproveitamento para salões de festas, cinemas, teatros e anfiteatros, auditórios, museus, creches, educação/ cultural geral e garagens.

ACESSOS

O acesso às galerias e ao Parque será realizado através de edifícios situados em pontos estratégicos, próximos aos metrôs e vias importantes, em terrenos atualmente sub-utilizados ou pouco construídos.

Os Edifícios de Acesso, além de elevadores e escadas, contarão com toda a infra-estrutura necessária para o funcionamento do Parque, tais como sanitários públicos, telefones públicos, administração e controle, cantinas, bares, restaurantes, cinemas, teatros etc. Está previsto estacionamento com quatro subsolos em cada Edifício de Acesso, totalizando a criação de 2.505 novas vagas. Acima do nível do Parque esses edifícios poderão abrigar os mais diversos programas, desde o uso residencial até o uso comercial.

Além destes edifícios propostos, as galerias também possuem ligação direta com o Parque através de escadas e rampas com acessibilidade universal situados em suas extremidades.

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL

O acesso ao Elevado respeitará as necessidades de todos os visitantes independentemente da idade, condição física ou qualquer outro fator, de acordo com a NBR 9050.

SEGURANÇA

A princípio o Parque funcionará 12 horas por dia das 7:00 h às 19:00 h. Eventualmente, caso haja alguma atividade especial, o horário de funcionamento se estenderá ou caso a população queira o prolongamento do funcionamento ele poderá ficar aberto 24 horas. Independentemente disso, foram propostos postos policiais e de informações turísticas ao longo do Parque, além dos Edifícios de Acesso funcionarem também como postos de vigilância. Todos os usuários do novo Elevado devem sentir-se protegidos e seguros, antes, durante e depois de suas visitas.

ESTRUTURA

A arquitetura proposta prevê a execução de novo piso sobre a via elevada existente, além de galerias laterais separadas das vias de circulação por paredes isolantes.

O novo piso tem como estruturação básica a execução de 3 (três) treliças longitudinais apoiadas nas travessas principais do elevado. Estas treliças são responsáveis pela transmissão dos esforços gravitacionais e laterais para estes apoios através de pórticos a cada 40 metros formados pelos montantes de extremidade das treliças e pelas vigas metálicas de piso. O sistema secundário de vigas tem modulação de 10 metros e altura de 1,20 metros e coincide com os montantes das treliças que também servem de engaste das vigas das galerias laterais. O apoio das lajes pré-fabricadas (que podem ser substituídas por “steel deck”) se dá no sistema longitudinal terciário com espaçamento de 2,17 metros entre vigas e que vencem 10 metros de vão.

No sistema proposto os novos carregamentos são dirigidos diretamente para as linhas de apoio dos pilares do Elevado (a cada 40 metros) sem solicitação do vigamento longitudinal existente. A maior solicitação se dá na treliça central, apoiada diretamente sobre a linha de pilares centrais.

Em atendimento a IT-08 os perfis serão protegidos por pintura intumescente.

Logicamente, antes da execução deste projeto deverão ser revistas as estruturas existentes e suas fundações para os novos carregamentos propostos e avaliados os reforços eventualmente necessários.

DESEMPENHO ACÚSTICO

O fato de criar um invólucro no Elevado já diminuirá consideravelmente o nível de ruído sonoro na vizinhança. Fecharemos as suas laterais ora com painéis de concreto de 50mm de espessura, ora com painéis de vidro temperado duplo, espaçados um do outro por um colchão de ar de 80mm. Dentro do túnel será aplicado um forro acústico nas faces inferiores das vigas metálicas de cobertura, composto por lã mineral (espessura de 50 mm) revestida por chapa metálica perfurada. O nível sonoro devido ao transito dos veículos apresentou uma variação de 79dB(A) (sem tratamento) para 68dB(A) (com o tratamento), indicando que a melhora será de 11dB(A).

Na faixa contínua de entrada de ar serão aplicados atenuadores de ruído, constituídos por lâminas dispostas transversalmente à abertura, a cada 25 cm, compostas por lã mineral (espessura de 150 mm), revestidas de chapa metálica perfurada. A mesma solução será aplicada nas faces inferiores das vigas metálicas do piso das galerias (nos casos onde elas acontecem). Com esse tratamento, será ainda atenuada a transmissão de som para o exterior. Considerando que no conjunto a construção proposta atenue 20dB(A), o ruído resultante emitido será da ordem de 48dB(A).

Sob o Minhocão um novo forro percorrerá toda sua extensão, com finalidade de absorção acústica. Na face inferior das suas vigas longitudinais será aplicada lã mineral (espessura de 50 mm) protegida por chapa metálica perfurada. Como esse espaço permanecerá aberto, a redução do ruído propagado será menor, mas ainda assim apresentará uma redução da ordem de 15dB(A) para as regiões vizinhas.

DESEMPENHO TÉRMICO

A aplicação de lã mineral proposta para produzir uma redução do ruído interno do túnel, acarretará em uma queda no valor da condutância térmica global da cobertura para 0,5 (Watt/m²?C). Com isso, os ganhos de calor devidos à insolação ficarão reduzidos a valores inferiores a 20 (watt/m²).

EXAUSTÃO DO TÚNEL

A exaustão será totalmente natural. Nas esquinas e cruzamentos não haverá fechamentos o que possibilitará a ventilação através destas amplas aberturas. Além disso, uma faixa contínua de 45 cm de altura situada nas laterais, em sua parte inferior, promoverá a entrada de ar fresco. A saída de ar se dará nas laterais, na parte superior, em aberturas localizadas no piso do Parque e com área equivalente à de entrada de ar.

ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO SOB O MINHOCÃO

Serão instalados projetores embutidos no forro acústico, dotados de lâmpadas de multi-vapores metálicos que produzirão uma luz branca e que apresentam excelência em termos de reprodução de cor, mais adequada para acolher os pedestres e o trânsito local. Estas luminárias estarão dispostas em quatro linhas justapostas duas a duas situadas nos eixos das vias reservadas para os ônibus e terão fachos assimétricos, um voltado para o passeio e outro para a calçada central, evitando desperdício e a poluição visual do forro. Cada módulo entre pilares terá oito pares de luminárias de cada lado, um a cada cinco metros.

ILUMINAÇÃO DO TÚNEL

Na projeção das passarelas laterais instalaremos duas linhas contínuas de lâmpadas fluorescentes, também com refletores assimétricos que banharão de luz os painéis laterais e o interior das pistas, racionalizando a demanda de potência necessária e possibilitando um tráfego em condições agradáveis e satisfatórias. As lâmpadas serão de elevado rendimento luminoso, do tipo T-5 de 80 watts, com vida útil de dezesseis mil horas e que apresentam um baixo consumo em função do fluxo luminoso que oferecem, evitando ao máximo a manutenção. Este aparato de iluminação terá grau de proteção IP-67, possibilitando a sua lavagem e terá difusores de vidro temperado.

ILUMINAÇÃO DAS GALERIAS

Serão utilizadas lâmpadas fluorescentes do tipo T-5 assentadas sobre perfil U metálico de 2 x 4 polegadas, pendurado na laje inclinada, na direção do eixo central da galeria, fornecendo luz indireta e possibilitando às pessoas tanto no seu interior como na rua, não verem pontos de luz isolados no teto, gerando uma iluminação uniforme ao longo do seu comprimento. Sob o trilho haverá projetores dispostos de forma direcionada com a luz projetada sobre os painéis de exposição numa distância adequada e com características específicas conforme a situação: uma exposição artística, anúncios de propaganda, projeções de vídeos e multimídia, grafites, workshops etc.

ILUMINAÇÃO DO PARQUE ELEVADO

Adotaremos o sistema de postes públicos com quatro pétalas dotadas de lâmpadas de vapor metálico com refletor estampado de chapa de alumínio. Estes postes serão dispostos a cada vinte metros ao longo de todo o Parque. Todos os aparatos de iluminação neste recinto deverão ser inacessíveis ao público, evitando vandalismo e depredação.

DRENAGEM

A drenagem do Parque será realizada através da captação das águas pluviais pelos canteiros de vegetação situados ao longo de sua borda. Uma calha contínua nos cantos superiores do Túnel levarão as águas para tubos de queda situados junto ao sistema de apoio do Elevado, que por sua vez caminharão sob o Minhocão entre o forro acústico e suas vigas longitudinais, até finalmente descerem para o canteiro central, junto aos seus pilares, despejando as águas nas caixas de captação que lá já estão. Quanto à drenagem das pistas, utilizaremos o sistema de captação existente, realizando os reparos e acréscimos necessários, com as tubulações atuais reconectadas ao novo sistema de drenagem proposto.

PAISAGISMO

O jardim se apresentará como uma linha que permeia o Parque em toda a sua extensão, ora de um lado, ora no meio, ora dos dois lados. Esta linha verde se mostra muito densa reforçando o contraponto que o parque representa à cidade. Para definir o partido do jardim, escolhemos a união entre a rusticidade e o vigor da flora do semi-árido, com a diversidade e resistência da vegetação do cerrado brasileiro. Agaves, mandacarus e suculentas da caatinga, junto com Velozias, Palmeiras e Bromélias do Cerrado, serão a base florística do jardim do Parque.

A rusticidade das plantas escolhidas confere ao jardim grande resistência à desidratação e baixa manutenção ao longo do ano, características que são muito desejadas para um jardim sobre laje, embasado em apenas meio metro de terra e elevado sobre uma via de tráfego intenso, no centro da cidade de São Paulo.

Ficha técnica
Arquitetura: José Alves + Juliana Corradini
Orçamento: Mauro Zaidan (Nova Engenharia)
Estrutura: Jorge Zaven (Kurkdjian & Fruchtengarten)
Conforto Ambiental : Luiz Carlos Chichierchio (Ambiental)
Climatização: Eizo Kozai (Thermoplan)
Iluminação: Antonio Carlos Mingrone (Mingrone Iluminação)
Paisagismo: Ricardo Vianna (Bonsai)
Maquete Eletrônica: Victor Paixão e Felipe Annunziato













* informações e imagens sobre o projeto 'O Novo Elevado' no site FRENTES Arquitetura

parque e lanchonetes no Minhocão

Projeto premiado quer colocar parque e lanchonetes no Minhocão


Um novo Minhocão, com parque público, lanchonetes e brinquedos, foi o projeto vencedor do Prêmio Prestes Maia de Urbanismo, promovido pela Secretaria Municipal de Planejamento de de São Paulo.para selecionar as melhores idéias de melhorar o elevado Costa e Silva.

A arquiteta Juliana Corradini apresentou o projeto vencedor, que propõe colocar estruturas metálicas sobre as pistas do elevado para fechar as pistas de rolamento dos carros, inclusive com isolamento acústico. Ao mesmo tempo, as estruturas permitiram a construção de galerias nas laterais, que abrigariam cafés, lanchonetes, bancas de jornais e outras atividades. Para acessar o parque, seriam erguidos edifícios por meio de recursos obtidos com a Operação Urbana Centro. A arquiteta ganhará um prêmio de R$ 50 mil pela idéia.

Construído por Paulo Maluf nos anos 70, o elevado Presidente Arthur Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão, foi uma obra que se tornou essencial para o tráfego de veículos em São Paulo, mas contribuiu para a degradação da região central. O ex-prefeito José Serra falou em em eliminar o Minhocão, mas não encontrou projetos viáveis para fazê-lo.

O elevado tem 3,4 quilômetros, erguidos sobre as avenidas São João e Amaral Gurgel. A Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo (CET) estima que aproximadamente 80 mil veículos circulam diariamente pela via. O tráfego de automóveis é proibido aos domingos e à noite, de 21h30 às 6h30, de segunda-feira a sábado.

Exposição

Segundo a prefeitura, o trabalho vencedor foi escolhido pela proposta de promover uma melhor convivência da cidade com o elevado, "de uma forma exeqüível e a um custo relativamente baixo (R$ 86 milhões) e parcialmente sustentável (aluguel de espaços nas galerias e prédios)".

Em segundo lugar, ficou o trabalho do arquiteto Fernando Ventura Gutierrez, e, em terceiro, o do arquiteto Marcelo Alex Monacelli. Eles receberão prêmios de R$ 30 mil e R$ 20 mil pelos projetos.

Os trabalhos estão expostos ao público no saguão do Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, no Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo.

O Prêmio Prestes Maia foi instituído em 1997. Na primeira edição do prêmio, em 1998, o projeto vencedor foi um plano de construção de piscinões na bacia do córrego Aricanduva, que procurava amenizar os problemas de enchentes naquela região.

CONCESSÃO URBANÍSTICA NA ÁREA DA NOVA LUZ


AUTORIZA O EXECUTIVO A APLICAR A CONCESSÃO URBANÍSTICA NA ÁREA DA NOVA LUZ


(Projeto de Lei nº 158/09, do Executivo, aprovado na forma de Substitutivo do Legislativo)


GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 22 de abril de 2009, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Fica o Executivo Municipal autorizado a aplicar a concessão urbanística na área delimitada pelo perímetro da Nova Luz, na forma e atendidas as normas previstas na legislação municipal específica.

Parágrafo Único - Para os fins desta lei, considera-se Nova Luz o conjunto das intervenções urbanísticas necessárias para a execução de projeto urbanístico específico no perímetro definido pelas Avenidas Casper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Rua Mauá, no Distrito da República.

Art. 2º Constituem diretrizes específicas da concessão urbanística autorizada pela presente lei:

I - preservação e recuperação do patrimônio histórico, cultural e artístico existente no local;

II - equilíbrio entre habitação e atividade econômica, de forma a propiciar a sustentabilidade da intervenção;

III - implantação de unidades habitacionais destinadas à população de baixa renda, de acordo com as normas urbanísticas aplicáveis às Zonas Especiais de Interesse Social;

IV - incentivo à manutenção e expansão da atividade econômica instalada, especialmente nos setores ligados à tecnologia;

V - execução planejada e progressiva do projeto urbanístico específico, de forma a evitar, durante o período das intervenções, o agravamento de problemas sociais e minimizar os impactos transitórios negativos delas decorrentes.

§ 1º As diretrizes específicas ora fixadas orientarão a elaboração do projeto urbanístico específico da concessão urbanística e a fiscalização, por parte do poder concedente, da execução do contrato de concessão urbanística.

§ 2º De forma a viabilizar as diretrizes específicas ora estabelecidas, o Executivo Municipal efetuará o cadastro dos moradores e das atividades econômicas instaladas no perímetro da concessão urbanística, identificando, especialmente, as condições das moradias e a presença de empregos e geração de tributos por parte dos estabelecimentos.

§ 3º Caberá exclusivamente ao projeto urbanístico específico definir, dentre os imóveis situados no perímetro da concessão urbanística, quais deverão ser objeto de desapropriação, demolição, reforma ou construção, levando em conta os seguintes aspectos:

I - restrições decorrentes de tombamento;

II - custos decorrentes da intervenção sobre a edificação;

III - viabilidade econômica da intervenção;

IV - atendimento à função social da propriedade, especialmente no que se refere à qualidade da edificação e do uso instalado, inclusive em relação ao atendimento das posturas municipais;

V - compatibilidade do imóvel com o entorno previsto no projeto urbanístico específico.

§ 4º Preferentemente à desapropriação, o concessionário deverá efetuar entendimentos com o proprietário do imóvel, para eventual composição amigável, na qual poderão ser empregados os institutos admissíveis em direito, inclusive o consórcio imobiliário previsto no art. 46 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

§ 5º Nos termos a serem definidos pelo projeto urbanístico específico, tanto quanto possível, a implantação progressiva da concessão urbanística dará prioridade, no tempo, à intervenção sobre imóveis desocupados, aos que apresentem ocupação menos consolidada e aos imóveis que, de alguma forma, causem prejuízos à adequada fruição urbana.

§ 6º Na implantação progressiva da concessão urbanística, quando necessária a intervenção sobre imóvel onde haja atividade econômica cadastrada, caso não seja oferecido ao proprietário do estabelecimento, para locação ou venda, por valor de mercado, imóvel razoavelmente compatível para a transferência provisória ou definitiva da atividade instalada, o concessionário ficará inteiramente responsável pela indenização relativa à desapropriação do respectivo fundo de comércio.

Art. 3º Aplica-se às áreas do perímetro do Projeto Nova Luz, no que couber, a Lei nº 12.349, de 6 de junho de 1997 - Operação Urbana Centro, especialmente os seus arts. 3º, 4º, 6º, 7º e 9º.

§ 1º Poderão ser adotados, no perímetro do Projeto Nova Luz, os parâmetros urbanísticos decorrentes da adesão à Operação Urbana Centro, nos termos da Lei nº 12.349, de 1997, ficando facultado ao Poder Executivo considerar a respectiva contrapartida financeira como compreendida nas obras realizadas em função do projeto ou no eventual valor pago ao poder concedente pela outorga da concessão urbanística.

§ 2º Não se aplicam ao Projeto Nova Luz o inciso I do "caput" do art. 4º e o § 1º do art. 6º da Lei nº 12.349, de 1997.

Art. 4º Fica o Executivo Municipal obrigado a constituir o Conselho Gestor da Nova Luz, de formação paritária, com representantes da Municipalidade e da sociedade civil, de forma a propiciar a participação dos cidadãos interessados, tais como moradores, proprietários, usuários e empreendedores, cabendo ao Conselho Gestor as providências necessárias para fiscalização, verificação e acompanhamento do cumprimento das diretrizes gerais e específicas da intervenção urbana integrantes do projeto urbanístico específico e do respectivo contrato de concessão urbanística.

§ 1º O Conselho Gestor a que se refere o "caput" deste artigo será instituído após a celebração do contrato de concessão urbanística.

§ 2º Dos membros do Conselho, 50% (cinqüenta por cento) serão representantes do Executivo Municipal e 50% (cinqüenta por cento) serão representantes da sociedade civil, indicados no Conselho Municipal de Política Urbana - CMPU.

§ 3º O Executivo Municipal indicará a Presidência do Conselho Gestor.

§ 4º Será garantida a publicidade dos atos do Conselho Gestor, inclusive por meio da publicação das atas das reuniões ordinárias e extraordinárias no Diário Oficial da Cidade e no site oficial da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Art. 5º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 7 de maio de 2009, 456º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO

CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

Cavalera no Minhocão

SPFW tem desfile da Cavalera no Elevado Costa e Silva



>> video programa Metropolis, publicado em 26/06/2009

mudas pela paz no Minhocão

Mudas são colocadas no 'Minhocão' em evento pela paz
Árvores serão plantadas em espaço no Parque Anhangüera.

A Comissão Municipal de Direitos Humanos levou neste domingo (31) ao Elevado Costa e Silva(Minhocão), no Centro de São Paulo, 2.183 mudas de árvores. O número representa, segundo a comissão, os homicídios nos dois primeiros trimestres de 2008 no Estado de São Paulo. As mudas serão plantadas em um espaço no Parque Anhangüera, na Zona Norte, chamado de Bosque dos Direitos Humanos (Foto: Epitácio Pessoa/Agência Estado)