protesto contra desapropriações em SP

Ativistas criticam Kassab em protesto contra desapropriações em São Paulo
Moradores de pelo menos três regiões afetadas por projetos da prefeitura paulistana percorreram as ruas do centro da capital.

de Rede Brasil Atual, por Suzana Vier, em 27/07/2011

Moradora da região da Santa Ifigênia há 36 anos,
a jornalista Paula Ribas participou do ato com
uma imagem de Santa Ifigênia nas mãos
(Foto: Camila de Oliveira)
São Paulo – Aos gritos de "São Paulo não está à venda" e "Fora Kassab", cerca de 500 manifestantes protestaram na manhã desta quarta-feira (27), no centro da capital. Moradores de diversos bairros, comerciantes e sindicatos pararam as ruas próximas à praça da Sé por uma hora e meia para criticar milhares de desapropriações previstas na cidade.

A manifestação teve início em frente ao Fórum João Mendes, onde estava previsto o julgamento de uma ação judicial contra a Lei 14.917/09, chamada de lei de concessão urbanística. Essa legislação autoriza a prefeitura de São Paulo a transferir sua responsabilidade por desapropriações na região, onde deve ocorrer o projeto de requalificação Nova Luz, para a iniciativa privada. O projeto prevê demolições em até 60% da região na área delimitada pela sua Mauá e pelas avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Cásper Líbero. O julgamento foi adiado, mas moradores e comerciantes da região da Santa Ifigênia decidiram manter o protesto.

"A concessão urbanística prevista no projeto Nova Luz põe por terra o direito de propriedade, porque delega para o particular desapropriar e, no lugar, construir empreendimentos imobiliários”, afirma a arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora do movimento Defenda São Paulo. “Pela legislação, (desapropriar) é atribuição exclusiva do poder público e tem limites muito estreitos. Nesse caso, o que se chama de revitalização, significa delegar as desapropriações para particular que vai lucrar com elas”, resume.

Da frente do fórum, os manifestantes caminharam com faixas e apitos pelas ruas centrais até a prefeitura de São Paulo. Na calçada do gabinete do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM, a caminho do PSD), pediram que ele descesse para ouvir as insatisfações de moradores de diversos bairros que sofrerão desapropriação. Entretanto, nenhum representante da prefeitura recebeu os ativistas.

Um manifesto foi distribuído ao público argumentando que “concreto não cura crack, não educa crianças e jovens, não cuida da saúde, não ampara idosos que perderão suas casas para receber esmola”.

Moradora da região da Santa Ifigênia há 36 anos, a jornalista Paula Ribas participou do ato com uma imagem de Santa Ifigênia nas mãos. “É a santa da casa própria”, explica. “A prefeitura fala em melhorar o Centro, mas retira moradores que, como eu, nasceram e cresceram aqui. Queremos que a região melhore e nossas vidas também. Porque querem nos tirar daqui?”, critica a presidente da Associação de moradores Amoaluz.

Gerson Ferreira, da Associação dos Músicos de São Paulo, se disse "indignado" por saber que lojas de equipamentos musicais e de som, com mais de 60 anos, podem ser fechadas para demolição. “Vem gente de outros países comprar equipamentos de som e instrumentos na Santa Ifigênia e em nome de uma revitalização que não cuida das pessoas querem acabar com ela”, criticou.

11 mil famílias

A manifestação lembrou das desapropriações previstas para ocorrer no Jabaquara, zona sul. De acordo com lideranças da região, cerca de 11,2 mil famílias serão afetadas para a implantação da Operação urbana Água Espraiada – que vai ligar a avenida Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) à rodovia dos Imigrantes.

A venda do quarteirão da Cultura, terreno municipal de 20 mil metros quadrados, no Itaim Bibi, também foi alvo de protesto dos ativistas. O quarteirão sedia oito equipamentos públicos, entre escolas, creches, biblioteca, teatro e Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS). Dora Lima, do Fórum Social de São Paulo, analisa que há desapropriações arbitrárias e desnecessárias em toda a cidade. “É na região da Luz, no Itaim, no Jabaquara, o prefeito está vendendo São Paulo”, dispara.

Os manifestantes realizaram o percurso com caminhão de som que parou em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo e secretarias municipais para execução do Hino Nacional. Também participaram da manifestação membros do Sindicato de Cargas, Sindicato de Cargas Pesadas, Sindicato dos Fiscais e Sindicato dos Escritórios de São Paulo.

manifesto, profissionais da cultura na Funarte SP

Ocupamos a Funarte!

do Cultura Já!, em 26/07/2011

Venha ocupar a Funarte conosco!

E já que a casa é nossa, alguns grupos amanhecem esta terça-feira, dia 26, já ensaiando por aqui. Traga o seu coletivo para ocupar: transfira para cá os ensaios e trabalhos! Há bastante espaço! Abrimos as portas da Funarte! O MTC segue na luta por tempo indeterminado! Assembléia às 09:00 horas!

Não se engane! Não estamos fazendo aqui uma ocupação estética estática.

O MinC, por meio da Funarte SP, tomou conosco uma atitude de democracia hipócrita: abriu as portas da casa para os trabalhadores da cultura até quinta-feira, mas com intenção de neutralizar nosso discurso.

Isso para dar a impressão de que queremos apenas fazer barulho, sem mostrar o que vem ocorrendo com a política de verbas para a Cultura.

Da mesma forma hipócrita, a Funarte liberou uma pequena verba de R$ 100 milhões semana passada; para dizer que há muito dinheiro quando na verdade o dinheiro vem sendo cortado drasticamente. Pior: tratava-se de rebarba do orçamento do ano passado.

A verdade é que dois terços da verba federal para Cultura foi cortada. Exigimos aprovação da PEC 150. Ela garante que o mínimo de 2% do orçamento geral da União seja destinado à Cultura.

Exigimos também a aprovação da PEC 236. Ela prevê a Cultura como direito social.

Aproveitamos então o tão singelo abrir dessas portas e estendemos o convite para todos os artistas, todos os trabalhadores da cultura:

Junte seu grupo e mostre a todos os governos que sabe o que quer!

Arte pública com dinheiro público!

Fim do engôdo chamado incentivo cultural via isenção fiscal!

Por políticas culturais estruturantes!

Cultura não é mercadoria!



>> veja o manifesto 'é hora de perder a paciência!' , site Cultura Já!


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vídeoreprtegem sobre o protesto
'Trabalhadores protestam contra o corte de dois terços da verba federal destinada à cultura'
do, canal redetvt, no YouTube

manifesto "é hora de perder a paciência!" e protesto na Funarte SP

Manifesto teatral
Artistas vão se reunir hoje na sede da Funarte para pedir mais verbas e políticas

de O Estado de S.Paulo, por Maria Eugênia de Menezes, 25/07/2011

Depois de um breve período de calmaria, o Ministério da Cultura volta à berlinda. Desta vez, será alvo de protesto dos artistas de teatro que se reúnem hoje, a partir das 14h, na imediações da sede da Funarte em São Paulo. A mobilização, que promete ser a maior desde o início da atual gestão, pretende reunir representantes de 250 companhias da capital e interior. E também das áreas de dança, música e circo.

Clayton de Souza/AE-7/5/2009
Nas ruas. Prédio do Teatro Funarte, no centro 
de São Paulo: movimento espera reunir 
representantes de 250 companhias
Curiosamente, a manifestação ocorre uma semana após o lançamento de novos editais pela Funarte. Na última terça, a entidade anunciou o investimento de R$ 100 milhões em programas de incentivo às artes. Só o edital Myriam Muniz - destinado à produção de espetáculos teatrais - teve seu orçamento aumentado de R$ 7 milhões para R$ 10 milhões. Nas áreas de dança e circo, os prêmios alcançam R$ 4, 5 milhões, cada um.

"Mas isso não resolve a situação", aponta Ney Piacentini, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro e um dos organizadores do movimento. Para ele, a liberação recente das verbas não é mais do que uma resposta à pressão que artistas vinham exercendo sobre a entidade. "Metade dessa verba é para pagar editais do ano passado. É como se fosse um "cala boca". A gente grita e eles liberam o dinheiro. Queremos acabar com isso", diz Piacentini. "Vamos para rua porque chegou a hora dos trabalhadores da cultura perderem a paciência. Esse é o nosso lema."

Em um manifesto, que circula pela internet e pode ser lido no site www.cooperativadeteatro.com.br, os signatários pedem a revisão do corte no orçamento do MinC - que teria passado de R$ 2,2 bi para R$ 800 milhões. "É um momento de prosperidade econômica. Não há razão para se fazer um corte tão grande", comenta Piacentini.

O aumento da verba do MinC para 2% do orçamento geral da união, assim como a instituição de outros modelos de política para as artes cênicas também estão entre as reivindicações. "Defendemos políticas de longo prazo, políticas estruturantes que reflitam o acúmulo de dez anos de reflexão que temos sobre o assunto", aponta o presidente da Cooperativa Paulista de Teatro.

Antônio Grassi, presidente da Funarte, diz apoiar qualquer mobilização pela ampliação de recursos para a cultura, mas faz ressalvas ao movimento. "É saudável que os produtores culturais queiram mais recursos para a área", diz. "Mas o local para se discutir isso - tanto o aumento do orçamento quanto a aprovação de outros projetos que eles reivindicam - é o Congresso Nacional e não a Funarte."

Entre os temas levantados pelos manifestantes está a criação de programas como o Prêmio de Teatro Brasileiro. A proposta tramita atualmente no Congresso, dentro do escopo do ProCultura, projeto de lei 6.722 que institui um programa nacional de fomento e incentivo à cultura.

"O Prêmio de Teatro Brasileiro tem o nosso apoio, mas precisa ser primeiro aprovado no Congresso. Não existe nenhuma referência a algum programa que não estamos fazendo. Lançamos os editais dos quais eles estavam se queixando", comenta Grassi.

Para manter a pressão sobre o governo, os artistas já anunciaram a data de uma nova mobilização: dia 2, às 10h.

Mambembão. Além dos editais para as áreas de teatro, dança, circo, música e artes visuais, a Funarte também divulgou a intenção de retomar o Mambembão, um extinto projeto de circulação de espetáculos, que teve grande repercussão nos anos 1980. Em linhas gerais, o programa funcionava trazendo para os grandes centros do Sudeste espetáculos produzidos fora do eixo Rio-São Paulo.

De acordo com Grassi, o Mambembão já voltaria à ativa no início do próximo ano, com um orçamento de cerca de R$ 2 milhões por ano. A ideia é manter a proposta em moldes semelhantes ao projeto original. Dessa forma, produções das regiões Sul, Norte, Nordeste e Centro-oeste seriam selecionadas para se apresentar nos espaços da Funarte nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. "E, além disso, pretendemos ampliar o prêmio Myriam Muniz de circulação, para fazer com que espetáculos circulem dentro de suas regiões." Segundo Grassi, uma prévia do Mambembão poderá ser vista ainda neste ano. Recentemente restaurado, o antigo teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, deve ser reaberto no próximo dia 2 com uma programação especial. Na agenda, não estão apenas atrações dos grandes centros, mas também apresentações do grupo Ponto de Partida, de Barbacena, Minas Gerais.


clipe ininterrupto no Minhocão com bike

Por dentro de São Paulo (1) - Clipe ininterrupto no Minhocão com minha Bike.wmv
do canal sfsilvio, no YouTube

Clipe ininterrupto do final do Elevado Costa e Silva (o popular minhocão), até seu início na rua da Consolação, filmado com uma câmera acoplada a minha bicicleta. Neste clipe indiquei alguns pontos do entorno do Elevado e no final tem umas imagens de alguns destes pontos. Contém música de acompanhamento.

art déco no Minhocão

Prédios art déco perto do Minhocão devem ser tombados
Conpresp abriu processo e avaliará a importância histórica de 18 imóveis; um deles leva assinatura do arquiteto Rino Levi

de O Estado de S.Paulo, por Rodrigo Brancatelli, 02/03/2011

Paulo Pinto/AE
Importância. Edifícios simbolizam
verticalização da área
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) abriu ontem o processo de tombamento de 18 prédios nas imediações do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, perto da Praça Marechal Deodoro, no centro da capital. Segundo o órgão, os endereços são considerados um relevante mostruário do estilo art déco remanescente dos anos 1930.

Entre os prédios que tiveram abertura de tombamento está o Edifício Tupã, de autoria do consagrado arquiteto russo Samuel Roder, e o Edifício Porchat, de Rino Levi. Hoje, estão em uma região degradada, em boa parte pela presença do Minhocão.

Os edifícios também são importantes para a história de São Paulo, pois simbolizam o início do processo de verticalização da região - quando foram construídos, já eram mais altos do que os imóveis que existiam no local, resultado da difusão do uso do concreto armado e dos primeiros elevadores.

A abertura do processo significa que o Conpresp admitiu a possibilidade de os prédios terem valor histórico e cultural e, por isso, precisam de tempo para analisá-lo. Até a decisão definitiva sair, nenhuma modificação pode ser feita nos endereços. Não há prazo para a análise ser concluída.

Estilo. O art déco é um estilo surgido entre os anos 20 e 30, auge do modernismo e da arte dos manifestos.

Era uma expressão da época da máquina e do automóvel, que eclodia no início do século passado, e foi adotada em cidades americanas como Miami, São Francisco, Chicago e Nova York - foi símbolo de uma época de glamour em Hollywood e da era dos musicais, sendo usado na construção de auditórios, teatros e estações de rádio. Em São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu são os mais conhecidos exemplos desse estilo arquitetônico, que moldou parte da cidade até os anos 1940.

processo de tombamento na região da Pça. Mal. Deodoro

Conpresp abre processo de tombamento de 18 imóveis na região da Praça Marechal Deodoro
Valor paisagístico e ambiental foi relevante para a decisão estabelecida em reunião ordinária

de Conpresp, em 03/03/2011

Em sua reunião ordinária de nº 502, realizada em 1º de março de 2011, o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) abriu processo de tombamento de 18 imóveis nas imediações da Praça Marechal Deodoro. O conjunto de edifícios Art Déco foi considerado um relevante mostruário desta linguagem estilística na cidade de São Paulo remanescente dos anos 30 do século passado.

O Conpresp considerou o valor paisagístico e ambiental resultante da implantação de vários andares ao longo do eixo das avenidas São João e General Olímpio da Silveira, contemporâneos à abertura da praça Marechal Deodoro, pontuando o início do processo de verticalização da região.

Também se destacam os portes dos edifícios, que apresentam mais andares numa cidade que começou a se verticalizar a partir da difusão do uso estrutural do concreto armado e dos primeiros elevadores.

Entre os imóveis que tiveram abertura de tombamento está o Edifício Tupã, de autoria do arquiteto Samuel M. Roder e o Edifício Porchat, de Rino Levi.

A abertura do processo de tombamento é um expediente que protege o imóvel enquanto o Departamento do Patrimônio Histórico realiza estudos aprofundados que servirão para futura deliberação do Conpresp sobre o tombamento definitivo destes bens.

Os imóveis que tiveram o processo de tombamento aberto são:

1. Av. Angélica, 311 com a Praça Marechal Deodoro, 43
2. Av. São João, 2035 a 2043 com Alameda Nothmann, 1218 a 1220
3. Av. São João, 2073 a 2079
4. Av. São João, 2115 com a Rua Apa, 271 a 281
5. Av. São João, 2085 a 2091
6. Av. São João, 2097 a 2103
7. Av. São João, 2026 a 2034 (Edifício Amadeu Luiz Bertai)
8. Av. São João, 1953 a 1959 (Edifício Igarahy)
9. R. das Palmeiras, 336 a 350 (Edifício Lunice)
10. Al. Nothmann, 1143 com Av. São João, 1970 a 1982 (Edifício Barão de Morenos)
11. Rua General Júlio Marcondes Salgado, 123 a 147 com Al. Nothmann, 1127 a 1135 (Edifício Santa Bertolina)
12. Praça Marechal Deodoro, 386 a 388 (Edifício Nossa Senhora Aparecida)
13. Av. Angélica, 184 com Praça Marechal Deodoro, 130 a 134
14. Al. Barros, 650 (Edifício Maria Teresa)
15. R. Rosa e Silva, 121
16. Av. Angélica, 288 com Praça Marechal Deodoro, 101
17. Praça Marechal Deodoro, 109 a 113
18. Praça Marechal Deodoro, 171 a 191 com Rua São Vicente de Paula. (Edifício Tupã)

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riqueza de Campos Elíseos

Riqueza histórica de Campos Elíseos

do diário de São Paulo, por Andrea Matarazzo, em 01/07/2011

Rio Branco e aproveitei para ir caminhar pelo bairro. Campos Elíseos foi o primeiro bairro planejado de São Paulo, projetado pelos alemães Frederico Glette e Victor Nothmann, que dão nome a duas ruas. Também foi a primeira área considerada nobre, porque foi onde os fazendeiros do café foram morar no fim do século 19, aproveitando a proximidade com a estação de trem Sorocabana ? atual Júlio Prestes.

O período do auge do café ainda está presente no bairro, nos casarões construídos na época. Passei na Rua Guaianases, onde ficam as casas de Dino Bueno, recém-restauradas e diferentes apenas pelo tamanho - a casa onde morou o pai é maior que a do filho. Outro prédio belíssimo é o do centenário Liceu Coração de Jesus, na Alameda Dino Bueno, de 1885. O Palácio de Campos Elíseos mostra a importância da região na época. Antiga residência de Elias Antônio Pacheco e Chaves, foi sede do governo do estado de 1915 a 1965, quando passou por um incêndio e o Palácio dos Bandeirantes assumiu seu lugar. Só agora, o Palácio finalizou o restauro da parte externa, que vi de perto.

Outro local já restaurado é o Palacete da Família Santos Dummont, que foi ocupado por parentes do pai da aviação. Depois de um período abandonado, hoje abriga o Museu de Energia de São Paulo.

O bairro ganhou construções históricas com a aristocracia cafeeira, mas sofreu com a decadência do café. Casarões foram demolidos, outros viraram cortiços, hotéis e comércios, sem a preservação da história ali presente. Felizmente, com a reforma da estação Júlio Prestes e a inauguração da Sala São Paulo, em 1999, o bairro ganhou novo incentivo. Com ótima infra-estrutura e bem localizado, Campos Elíseos precisa avançar com a revitalização para voltar a ser um dos mais bonitos e importantes bairros de São Paulo.

Andrea Matarazzo é secretário estadual de Cultura de São Paulo. E-mail: amatarazzo@sp.gov.br

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