Comunidade da Favela do Moinho


agosto de 2010, 'A Vida é um Moinho' - ação social realizada na Favela do Moinho. Cantora Fabiana Cozza dando uma canja.


_________________________________________
>> dezembro de 2011, Carta aberta à população


29 DEZEMBRO 2011 (BR-SP) Moradores da Comunidade do Moinho: Carta aberta à população
de PASSA PALAVRA, em 29 de Dezembro de 2011

Carta aberta a População - Sob ataque violento da GCM com adultos, crianças e gestantes

A Comunidade do Moinho ante o descaso humano do poder público municipal para o diálogo civilizado na construção de um projeto concreto de moradia, trabalho, educação e meio ambiente, vem a público manifestar-se para impedir distorções das informações.

Nossa Comunidade conhecida como a Favela do Moinho, em 2006 era compostas por 576 famílias, hoje perdemos a conta; estima-se mais de mil famílias que se juntaram a comunidade por despejos, desocupações, incêndios que ocorreram em diversas áreas da cidade, “acidentes” ou por higienização.

A Comunidade do Moinho originalmente formada por carroceiros catadores de materiais recicláveis que coletam na cidade uma média de 200 toneladas de material, sem apoio de nenhuma esfera do poder público, pelo contrário, as carroças têm sido confiscadas e os depósitos que compram materiais reciclados fechados pelo município.

O projeto que desejamos é continuar trabalhando pela cidade e meio ambiente. Não podemos ir para longe do centro onde atuamos há mais de 10 anos e nossos filhos estudam. E aqui queremos nos fortalecer criando um sistema de reciclagem organizado que gere mais emprego e renda diminuindo a vulnerabilidade dos jovens a criminalidade urbana. Além disso, construímos alianças com projetos culturais que visam à ampliação de oportunidades aos nossos jovens.

Em 27/12/2011 sob ataques violentos da GCM – Guarda Civil Metropolitana, lançamos este documento. E aqui publicamente solicitamos pela 5ª vez uma audiência com o Secretário de Habitação Municipal que não nos atende nem com solicitação de Sua Excelência Senador Eduardo Matarazzo Suplicy, para ouvir um projeto digno de vida nesta cidade.

O Bolsa Aluguel de R$ 300,00 por mês é um paliativo talvez necessário que não aceitaremos como solução definitiva. Apenas como a primeira fase de um sério programa de moradia, onde possamos garantir um presente digno e um futuro melhor para nossas famílias (e por que não para todos) que querem um cidade mais limpa, organizada e sintonizada com os modelos de sustentabilidade, que os carroceiros daqui fazem a anos mesmo sem conhecer a palavra “sustentabilidade”.

Por isso pedimos mais educação e oportunidade! Mais diálogo e respeito pela nossa perspectiva de futuro e menos arrogância.

Comunidade da Favela Do Moinho

>> link para publicação original no site PASSA PALAVRA


___________________________________________
>> Ajuda para os moradores da Comunidade da Favela do Moinho


Saiba como ajudar moradores vítimados pelo incêndio na Favela do Moínho
publicado em Luz - agência comunitária de notícias, por Perla, 28/12/11

Após uma semana do incêndio que atingiu a Favela do Moínho na região do Bom Retiro, mais de 500 famílias estão sem lugar para morar e dependendo da ajuda da sociedade civil. Embora a prefeitura afirme que todas essas famílias foram cadastradas nos programas de habitação, sabemos que esses encaminhamentos são demorados e há necessidades básicas, como vestuário, higiêne e alimentação que contam com o apoio de todos. Diversas organizações e redes estão se mobilizando de alguma forma para poder ajudar a arrecadar doações para estas famílias. Segue abaixo uma lista de locais onde você pode contribuir:

Para doação direta às famílias que estão alojadas no Clube Escola Raul Tabajara
Rua Anhanguera, 484, Barra Funda, telefone 3392-5592

Doação de roupas, calçados e alimentos por meio de instituições e voluntários:
Rua Boracéa, 270 – UBS Boracéa
Alameda Barão de Campinas, 669 – Campos Elísios – Casa Campos Elísios Melhor
Rua Avanhandava, 616 – Bela Vista – (11) 3237-3061 / (11) 8612-9742 (igreja)
Rua Helvetia, 234 – Campos Elíseos – (11) 6342-8899 (igreja)
Alameda Eduardo Prado, 108 – Campos Elíseos- Atendimento dia e noite, aos cuidados de Paulo Rafael e Rebeca.

Doações de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e mobiliários
Alameda Eduardo Prado, 108 – Campos Elísios, aos cuidados de Reca/Ravera ou Heloisa (Organização social Aliança da Misericórdia)
1) através da igreja católica: http://ocaminho.org.br/portal/apelo-a-solidariedade-em-favor-da-favela-do-moinho-ajude.html

>> link para publicação original no site Luz - agência comunitária de notícias

sobre o incêndio na Favela do Moinho, ocorrido no dia 22 de dezembro

Prefeitura de São Paulo aproveita incêndio para desalojar Comunidade do Moinho
de Carta Maior, por Fábio Nassif, 28/12/2011

O incêndio que destruiu boa parte dos barracos, matou duas pessoas e desalojou centenas de famílias nas vésperas do Natal está sendo utilizado como novo pretexto para a liberação da área, como um caso típico que contrapõe interesses empresariais e o direito à moradia. Prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta desde 2006 despejar os moradores, primeiro com a realização de um cadastro que contabilizou 600 famílias e depois com um decreto e uma ação judicial pedindo desapropriação.

Local de disputa histórica entre Prefeitura de São Paulo e moradores, o terreno que abriga a Favela do Moinho é objeto de mais uma forte ofensiva do capital imobiliário. O incêndio que destruiu boa parte dos barracos, matou duas pessoas e desalojou centenas de famílias nas vésperas do Natal está sendo utilizado como mais novo pretexto para a liberação da área, como um caso típico que contrapõe interesses empresariais e o direito à moradia.

Enquanto a grande mídia alimenta a versão de que o incêndio teria sido provocado por uma mulher desequilibrada, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta aproveitar da comoção da população para consolidar o discurso de que as pessoas devem sair do local. Os moradores permanecem organizados, e, em assembleia realizada nesta terça-feira (27), rejeitaram a proposta da Prefeitura de compensar todas as perdas com o chamado bolsa-aluguel.

Kassab tenta desde 2006 despejar os moradores, primeiro com a realização de um cadastro que contabilizou 600 famílias e depois com um decreto e uma ação judicial pedindo desapropriação. Na época, foi realizada uma audiência de conciliação, onde um dos dois donos do imóvel demonstrou interesse em destinar a área de quase 30 mil m2 para moradias populares.

O terreno pertencia à Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) – extinta em 2007 -, e foi leiloado em 1999 para dois proprietários. Com quase trinta anos de ocupação, a comunidade - que adquiriu o nome de Moinho pois se iniciou dentro da sede da empresa Moinho Santa Cruz -, entrou com uma Ação de Usucapião Urbana Coletiva pois cumpria os critérios que juridicamente a coloca como proprietária do terreno.

A partir da manifestação favorável do juiz à comunidade, as ações de despejo da Prefeitura foram interrompidas até que aconteça o julgamento final, que normalmente demora muitos anos. E é essa trava que impede que o projeto de “revitalização do centro” de Kassab avance sob aquele terreno.

Vida que segue
Os moradores que perderam suas moradias e seus pertences nas chamas estão buscando abrigo. A Prefeitura disponibilizou apenas um colégio por enquanto. Algumas famílias estão divididas entre duas escolas de samba localizadas sob um viaduto e outras montaram barracas nas intermediações. Na segunda-feira, um homem foi espancado pela Guarda Civil Metropolitana por questionar a atuação da polícia contra a montagem de barracas em um dos terrenos ao lado da favela.

Francisco Miranda, presidente da Associação de Moradores da Comunidade do Moinho, afirmou que foi rejeitada a proposta da Prefeitura em assembleia. Nela, os moradores receberiam o chamado bolsa-aluguel – um cheque mensal no valor de 300 reais para que arranjem algum espaço para morar. Como a maioria tem filhos, esse valor é completamente insuficiente e os mantém em situação provisória de moradia.

Algumas famílias que vieram da Favela do Gato e estavam morando no Moinho, segundo a proposta da Prefeitura, passariam por uma avaliação sobre sua vulnerabilidade social pois, em uma outra situação, tinham recebido cinco mil reais de bolsa-aluguel.

“Existem algumas partes que se aproveitam desta situação de desgaste”, disse Francisco. Logo depois do incêndio, por exemplo, a empresa Porto Seguro, que tem comprado terrenos na região, enviou representantes ao local e ofereceu um galpão para o atendimento da Prefeitura na retirada das famílias. A atitude foi vista com desconfiança pela comunidade. Em curso desde o início da gestão Kassab, as alterações no centro da cidade desalojaram pessoas das favelas, prédios ocupados e das ruas, mesmo sem garantir o direito à moradia. Alguns projetos de grande porte almejam parcerias público-privadas para administração de parques e praças.

Polêmica também é a tese sobre a própria origem do incêndio. Esta não é a primeira área em disputa onde incêndios forçam a saída das pessoas. E provavelmente não será a última. O incêndio tendo sido provocado de maneira criminosa ou não, a advogada do Escritório Modelo Dom Paulo Evaristo Arns, da PUC-SP, Julia Moretti acredita que este é um momento chave. “A comunidade deve aproveitar este momento para reafirmar a luta por seus direitos”, disse.

Delana Corazza, socióloga que também trabalha com a comunidade, demonstra preocupação diante do impasse colocado. “Pode ser um desastre. Ninguém tem nada a perder e as pessoas estão revoltadas. Mas a arma das pessoas é muito menor que a força repressiva do Estado”, diz Delana, assustada com o nível de organização da Prefeitura para retirar as pessoas.

>> veja publicação original em Carta Maior

Minhocão, novas paisagens

projeto “Deslocamentos”, intervenção artística realizada pelo Coletivo Garapa


>> nas pilastras do Minhocão    (post.5)   


paisagem de origem: Cantareira
localização do painél: alça de acesso ao Elevado 
Costa e Silva, na Praça Marechal Deodoro.
Foto: novembro/2011.
O projeto “Deslocamentos” são as novas paisagens que encontramos pela região do Elevado Costa e Silva. São os painéis em 'lambe-lambe' que neste mês passaram a cobrir as pilastras do Elevado cruzamento com Al. Glete e da Praça Marechal Deodoro, cruzamento com Av. Angélica; a lateral da alça de acesso ao Elevado, na Praça Marechal Deodoro; e mais dois painéis nas proximidades: rua Vitorino Carmilo e pilastra do Viaduto Pacaembu.

Os painéis 'deslocam' paisagens localizadas nos extremos da cidade para a paisagem 'Minhocão'.

"Deslocamentos", do Coletivo Garapa, é um projeto realizado com o apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Programa de Ação Cultural (PROAC) 2010.


* informações: site do projeto "Deslocamentos" e site do 'Coletivo Garapa'



paisagem de origem: Marsilac
localização do painel: pilastra do Elevado Costa e Silva na Praça Marechal Deodoro,
esquina da Av. São João com a Av. Angélica. Foto: novembro/2011.


paisagem de origem: Parelheiros
localização do painel: pilastra do Elevado Costa e Silva, cruzamento da Av. São João
com a Al. Glete. Foto: novembro/2011.


paisagem de origem: Cantareira
localização do painel: alça de acesso ao Elevado Costa e Silva, na Praça Marechal
Deodoro. Foto: novembro/2011.

__________________________________________________________________
>>  veja ++ sobre o projeto em "Deslocamentos" e 'Coletivo Garapa'

grafite, Stencil no Elevado Pres. Costa e Silva

CRAQUES e ÍDOLOS no Minhocão. Uso de craque Legal X grafite Ilegal

>> imagens dos grafites nas pilastras do Minhocão    (post.4)   














grafite na Av. São João, cruzamento com Al. Nothmann. Foto: setembro/2011.

_______________________________________________________

grafite na rua Gen. Júlio Marcondes Salgado, esquina com av. São João. Foto: setembro/2011.

especial sobre o projeto 'Nova Luz'

"Especial Nova Luz - Uma Obra de Ficção Urbanística", especial realizado pela Agência Brasil de Fato.


Durante cerca de sete meses a repórter Patrícia Benvenuti, da Agência Brasil de Fato, conversou com mais de 20 fontes diferentes para o "Especial Nova Luz - Uma Obra de Ficção Urbanística". Entre os que apresentaram seus pontos de vista estão moradores de rua, militantes de moradia, lojistas, camelôs, urbanistas, pesquisadores, representantes da prefeitura de São Paulo e Ministério Público. Foram ouvidas distintas opiniões que abordaram as questões em torno da polêmica intervenção urbanística planejada pela prefeitura de São Paulo.

Além da equipe da Agência Brasil de Fato, o "Especial Nova Luz - Uma Obra de Ficção Urbanística" contou com as colaborações de: Amoaluz, Mapa Xilográfico, Coletivo Garapa, Infofluxo.







Minhocão Cenário - cantor Thiago Pethit no Elevado Costa e Silva

Cantor Thiago Pethit grava vídeos para “Les concertes a emporter”, no Minhocão.

“Les concertes a emporter”, série produzida pelo site La Blogothèque, do cineasta francês Vincent Moon, mistura músicos às ruas. Em novembro de 2010, o cantor Thiago Pethit gravou Mapa Mundi, Não Se Vá e Forasteiro, faixas de seu álbum de estréia, Berlim, Texas, tendo o Elevado Costa e Silva, o Minhocão como cenário.

>> os vídeos

Thiago Pethit | Mapa Mundi | A Take Away Show from La Blogotheque on Vimeo.


Thiago Pethit | Não se vá | A Take Away Show from La Blogotheque on Vimeo.


Thiago Pethit | Forasteiro | A Take Away Show from La Blogotheque on Vimeo.

>> veja ++ sobre a série  “Les concertes a emporter”, site La Blogothèque

intervenção de Thiago Rocha Pitta - Edifício Isnard

intervenção "Projeto para uma pintura com temporal", do artista Thiago Rocha Pitta, na empena do Edifício Isnard, av. São João, 1.382.


minhocao thiago rocha pitta
Intervanção de Thiago Rocha Pitta, Edifício Isnard -
av. São João quase esquina c/ Duque de Caxias
A pintura foi realizada com tinta especial feita de óxido de ferro, e a idéia é que vá se transformando ao longo de 2 anos.

Inaugurada dia 17/09/2011, a intervenção é um dos projetos comtemplados pelo edital "Arte na cidade", lançado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, em junho de 2010, com investimento de R$ 1,2 milhão.

Em 2010, o Edifício Isnard teve intervenção do artista Paulo Climachauska, na ocasião da primeira edição da ‘Street Biennale’, bienal de rua de São Paulo.











>> veja mais informações sobre o edital "Arte na cidade" e sobre os projetos contemplados em "Edital ''Arte na Cidade'' promove série de intervenções artísticas em diversos pontos da Capital", no portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

>>  o edital "Arte na Cidade", de 2010, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

o grafite no Minhocão, pilastras da Av. Amaral Gurgel

pós-cinzão, novos grafites vão surgindo no Elevado Costa e Silva

>> imagens dos grafites nas pilastras do Minhocão    (post.3)   

Grafite na Av. Amaral Gurgel. Foto: agosto/2011


Grafite na Av. Amaral Gurgel. Foto: agosto/2011

o grafite no Minhocão, coluna 'repaginada'

novo e antigo grafite na pilastra do Elevado - cruzamento da av. São João com r. Helvétia

>> imagens dos grafites nas pilastras do Minhocão    (post.2)

Grafite na Av. São João com R. Helvétia. Foto: setembro/2011

Grafite na Av. São João com R. Helvétia. Foto: agosto/2010

o grafite no Minhocão, 'Preto Velho' e 'Zé Pilintra'

2010, 'Preto Velho' e 'Zé Pilintra' grafitados nas colunas do Minhocão. 2011, 'Vá Na Fé'!

>> imagens dos grafites nas pilastras do Minhocão    (post.1)


registro feito em agosto/2010; o grafite foi apagado com a pintura
realizada pela Prefeitura no mês de dezembro.

concurso cultural "As Cidades Somos Nós - Propostas para a São Paulo de 2030" - anúncio dos projetos vencedores

>  área de intervenção: Praça da Bandeira e suas conexões com o Largo São Francisco, Praça do Patriarca e Câmara Municipal


Concurso cultural premia seis “Propostas para a São Paulo de 2030”
Iniciativa do Secovi-SP e ITDP (Institute for Transportation and Development Policy) teve como objetivo estimular soluções criativas para a mobilidade urbana

em site da SECOVI-SP - Sindicato da Habitação, em 21/09/2011

Os vencedores do concurso cultural “A Cidade Somos Nós – Propostas para a São Paulo de 2030” foram revelados na noite desta terça-feira, 20/9, em cerimônia realizada na sede do Secovi-SP, entidade que promoveu a iniciativa em parceria com o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy).

O concurso teve como objetivo estimular soluções criativas e contribuir com as políticas voltadas ao adequado planejamento urbano e com o futuro das cidades. A área de intervenção proposta foi a Praça da Bandeira e suas conexões com o Largo São Francisco, Praça do Patriarca e Câmara Municipal, abrangendo um entorno de 500 metros a partir do terminal de ônibus existente no local.

De um total de 106 inscritos, a comissão julgadora selecionou seis trabalhos, que deveriam contemplar uma visão da área em um horizonte de 20 anos, abordando os aspectos de desenvolvimento e mobilidade urbana que têm como base os “10 Princípios da Mobilidade Urbana Sustentável”.

Foram premiados em dinheiro os três primeiros colocados (R$ 10.000; R$ 8.000; e R$ 5.000), além de duas menções honrosas e um destaque. Os trabalhos vencedores estão expostos na sede do Sindicato, onde acontece a Convenção Secovi.

Ousado nas propostas, inclusive na extensão para o sistema viário e de transporte, o projeto vencedor tem forte preocupação com acessibilidade, e imprime ênfase aos pedestres e às ciclovias. Também reconhece a importância histórica do local, além de propor construções de uso misto em espaços ociosos. Foi elaborado por José Paulo de Bem, Fernanda de Macedo Haddad e Cassia Regina Mariano. Além do prêmio em dinheiro e de um troféu, a equipe ganhou um ano de assinatura da revista Arquitetura e Urbanismo.

O segundo colocado se diferenciou pela valorização do patrimônio histórico e por se tratar de um projeto funcional, que compreende a importância da Praça da Bandeira para a capital paulista. Teve como autor José Tadeu Braz.

Helen Viviane Sakano, Carolina Maria Rodrigues Dias, Fernanda Lima Sakr e Guilherme Bastos Borba Costa compõem a equipe que ganhou o terceiro lugar com propostas futuristas para 2030. O trabalho valoriza espaços destinados a pedestres, propõe ciclofaixas em vias compartilhadas e terminal com uso de arquitetura ecológica. Os integrantes do grupo moram em Londres (Inglaterra).

A abordagem de um recurso natural (água), propondo a volta e a utilização dos rios como transporte, mereceu o prêmio na categoria Destaque, entregue para a equipe formada por Ricardo Corrêa da Silva, Guilherme de Almeida Rebelo, Letícia Lindenberg Lemos, Juliana de Campos Silva e Priscila Krayer.

Duas equipes foram agraciadas com menções honrosas: a primeira, composta por Rafaela Lino Izeli, Fernanda Lie Sakano, Milena Faveri Rodrigues e Natalia Cristina Calvi. O segundo trabalho contemplado com menção honrosa foi apresentado por Beatriz Carra Bertho, Gabriela Almeida Ortega e Telmo Terumi Teramoto.

A comissão julgadora foi presidida pelo secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Miguel Bucalém, e composta por: José Police Neto, presidente da Câmara Municipal de São Paulo; Valter Luis Caldana Junior, professor do Mackenzie; Nadia Somekh, titular do Conselho Superior do IAB/SP – Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo; Paulo Julio V. Bruna, professor da FAU-USP; Luiz Frederico Rangel, coordenador Nacional dos grupos de trabalho da AsBEA - Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura; Arthur Motta Parkinson, diretor do Secovi-SP; e Roberto Adler, consultor do ITDP, no Rio de Janeiro.


Restauração dos painéis, metrô Mal. Deodoro

O artista Gontran Guanaes Netto restaura os painéis da estação Marechal Deodoro do Metrô, que criou em 1989, em comemoração ao bicentenário da Revolução Francesa.

Quem passa pela Estação Marechal Deodoro, Linha 3-Vermelha do Metrô, encontrará o artista Gontran Guanaes Netto e seu assistente Fábio Ribeiro realizando a restauração dos painéis. Os trabalhos tiveram início em agosto, e a previsão é que o término seja até o final de setembro. Em seguida, o artista Gontran, restaurará as obras da estação Corinthians-Itaquera, também de sua autoria.




restauração dos painéis 1 e 2 - 'Aspectos das Populações Brasileiras'
É pela terceira vez que Gontran Guanaes Netto vem a estação Marechal Deodoro trabalhar em suas pinturas. Em 1989, realizou os painéis junto a população, na Praça Marechal Deodoro. O artista conta que era intensa participação das pessoas e muitas histórias surgem dessa proximidade. Em 2000, retorna com seu ateliê a estação, onde permanece por tempo menor, para trabalho de conservação dos painéis, e agora, em 2011, para restauração.




Após 22 anos da realização dos painéis e aos 78 anos de idade, Gontran diz 'reviver o trabalho'.


'Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão', 'Marianne', 'Aspectos das Populações Brasileiras' (painél 2 e 3 - chamado também de 'São Jorge') e 'Traços das Populações Brasileiras'- painéis do artista Gontran na Marechal Deodoro


o artista Gontran restaurando 'Aspectos
das Populações Brasileiras', 11/09/2011
Gontran, artista sempre comprometido com as causas e movimentos sociais, foi preso durante a ditadura militar, e sob novas ameaças, exilou-se na França em 1969, retornando ao Brasil apenas em 1983. Em 2010, volta a viver na França.

No painel 'Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão', o pintor reproduz o texto da 'Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão' em francês e retrata homens conhecidos de nossa história, homens 'desaparecidos' da história durante o regime militar e também, cidadãos desconhecidos que são a história. Lamarca, Maringhella, Luís Carlos Prestes, Nelson Mandela, Salvador Allende, Fidel Castro, entre outros estão representados no painel.


Em 'Marriane', os painéis tomam por base a obra "A Liberdade guiando o povo", do pintor francês Eugène Delacroix. Segundo o pintor, a história desses quadros é a seguinte: 'que depois de um dia de trabalho, os boias-frias viram com o clarão da lua a Liberdade que guiava o povo francês. Dormiram, e quando acordaram, a Liberdade os acompanhava. Então disseram que nunca mais a deixariam.'


'Marianne' (painel 6 e 7) já restaurados

'Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão' (painel 4)

'Aspectos das Populações Brasileiras' (painel 3) - o 'São Jorge'. O painél ainda passará por restauração
e receberá de volta a parte inferior.





sobre o painél 'Sao Jorge'
(transcrição de parte do vídeo realizado em 2000, por Pedro Guanes, onde Gontran fala sobre a pintura São Jorge)

"... A história desse quadro começou, quando ao fazer os quadros anteriores, a 'Marianne' e os 'Direitos do Homem', a polulação que visitava, que me via pintar dizia: por que o sr. não pinta um santo guerreiro? Ora, o Santo Guerreiro é o São Jorge. Então eu dizia: olha, fica prometido e eu vou realizar aqui nesta estação uma obra sobre o São Jorge.
E eu fiquei pensando enquanto estava pintando aqueles quadros qual seria, por que pintar o São Jorge simplesmente, precisava haver um sentido, uma história, uma justificativa que seja válida e introzada na problemática do povo e a liberdade. Ai me lembrei que na minha juventude dizia-se nos anos 48 que os americanos levavam manganês do Amapá de graça.
E a idéia do quadro como imagem era o Rio Amazonas, a fóz do Amazonas, com a pororoca e no centro a Ilha de Marajó, e ali, em regime de tocaia, como faz muito o povo brasileiro, esperaram a chegada do dragão Ao sair para o mar foi encurralado pelos boias-frias e eles por falta de instrumentos eles não conseguiram matar o dragão. Eis que eles viram vindo do céu, triunfante o São Jorge disse: deixa ele para mim. E hoje então corre-se no Brasil entre os boias-frias a ideia de que um dia São Jorge virá para dar um jeito na situação do povo brasileiro.

Essa é a história que eu inventei para justificar o quadro...."


______________________________
vídeos sobre os painéis da Estação Mal. Deodoro do Metrô, onde o artista Gontran Guanaes Netto fala um pouco sobre a história das pinturas e sobre a restauração

reportagem exibida no programa Metrópolis - TV Cultura, em 04/10/2011


reportagem exibida no Jornal da Gazeta, em 31/08/2011


vídeo institucional do Metrô, para divulgação dos painéis, em 1989.
(o início do vídeo é em francês, mas depois passa para o português)


>> veja um apanhado de informações sobre o artista Gontran Guanaes Netto, seu trabalho, e sobre a restauração das obras na Estação Mal. Deodoro do Metrô, na página www.facebook.com/gontranguanaesnetto

>>  veja ++ fotos da restauração no álbum "restauração das obras - metrô Mal. Deodoro", na página do artista Gontran, no facebook.

documentário "Nossa praia não tem siri"

documentário sobre o Elevado Costa e Silva "Nossa praia não tem siri"

"No coração de São Paulo existe uma praia, só não tem siri."
realizado em 2002, direção Alysson Martins, edição Maya Pinsky e fotografia de João Landi Guimarães.

"Nossa praia não tem siri", mostra o Elevado Costa e Silva aos domingos, quando é fechado para o trânsito de carros e aberto a população. Em parte do documentário é mostrado um ponto de encontro do churrasquinho, cerveja, música, etc. Hoje em dia, esse ponto de encontro foi abolido com a retirada dos ambulantes do elevado. Mas a 'demanda pela praia', a prática de esportes e de lazer, aumenta dia-a-dia, nos horários em que é fechado para carros e usado por pessoas.




>> fonte do documentário: canal MartinsAlysson no YouTube

"cracolândia", o/um rótulo

vídeo com fala de Raquel Rolnik sobre a 'Lei da Concessão Urbanística', projeto "Nova Luz" e o conceito "cracolândia", em debate 'Prefeitura e Sociedade Civil'.

debate ocorrido em 22/02/2011, na Casa da Cidade. Raquel Rolnik é arquiteta, urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e da Relatoria especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

trecho da fala de Raquel Rolnik:

"........ O processo de degradação daquela região foi sendo construído pela política urbana. Aquele lugar não era degradado; aquele lugar foi sendo degradado. Evidentemente, aquilo vira também um território “terra de ninguém” e acaba atraindo os “nóias” e aquilo, então dessa forma, transforma em cracolândia. O conceito de cracolândia, a ideia de que aquilo é a cracolândia aparece então como uma justificativa para definitivamente então, entrar lá dentro, acabar com tudo que tem lá e construir a Nova Luz, sobre aquela obscuridão.

A Nova Luz inclusive chamando a Santa Ifigênia de Nova Luz, e que historicamente, para quem estuda a história da cidade de São Paulo, ali é Santa Ifigênia. Chama Nova Luz porque você lança a ideia de que aquele território será uma nova coisa, que não tem nada a ver com aquilo. Só que aquilo não é a Santa Ifigênia existente e resistente. Dinâmica e econômica real. Dinheiro, gente comprando, vendendo, emprego. Dinâmica, econômica, é um lugar.

O que estou querendo dizer com isto e esse é o histórico que queria colocar. Para dizer que dessa forma isso contamina bastante a maneira como é vista a ideia de sesmaria. Eu acredito, Sesmaria Porteira Fechada. Você entrega porteira fechada para que todo o trabalho de circulação seja privatizado e não deve ser feito. Porque o que deve ser feito num projeto urbanístico para a cidade de São Paulo e para todas as cidades do planeta. Como melhorar aquilo que é? Como constituir para daquilo que é condições melhores com mais limpeza, mais cuidado, mais intervenção urbanística no sentido de melhorar a condição de uso de quem está, para quem está.

A política pública deveria ser feita com essa direção. Com a população a partir daquilo que está e construindo ali, uma intervenção que pode ser uma intervenção com muito mais sustentabilidade. Seria mais do que se opor ao projeto. É muito importante que a gente construa um projeto alternativo, um projeto com os comerciantes da Santa Ifigênia. Eles não precisam sair de lá, serem desapropriados e com os moradores da região para que efetivamente a gente possa ter um projeto que inclua a todos e que não seja simplesmente uma frente de abertura para um capital financeiro/imobiliário. Obrigada.”



fonte: vídeo, canal tonisp1984 no YouTube; transição da fala de Raquel Rolnik, blog Adriano Diogo - Deputado Estadual


___________________________________________
texto 'A “Cracolândia” não é aqui'

do blog ASCEVI - Associação Santa Cecília Viva, por Fernanda Monteiro, publicado em 27/07/2011

Em matérias recentes sobre a instalação artística feita pelo artista Zarella Neto na Rua Apa, diversos veículos de comunicação (SP TV, Jornal da CBN), além de vários blogs, microblogs e outras ferramentas de mídias sociais, rotularam a área como “cracolândia”. Essa palavra depreciativa era usada, há pouquíssimo tempo, para fazer referência à região da Santa Ifigênia – agora redesignada de Nova Luz, devido ao projeto de requalificação da área que está sendo promovido pela prefeitura de São Paulo.

Será que as mídias não percebem o que está acontecendo?

Sem entrar no mérito da discussão sobre os malefícios da concessão urbanística (que são extensos, principalmente para os moradores destas áreas), esses indivíduos que perambulam pelas ruas dia e noite, sem absolutamente nada que os tire dessa condição de usuários de drogas além de medidas e ações paliativas, estão sendo usados como massa de manobra. O poder público cruza os braços e deixa a situação chegar ao limite: assaltos, tráfico de drogas e até mesmo assassinatos. Então, chega um momento em que qualquer solução, até mesmo a concessão urbanística, se transforma, às vistas da opinião pública, em uma solução melhor que o status quo.

Então, a “cracolândia” expulsa da Santa Ifigênia está sendo transferida para a Santa Cecília e Campos Elísios. E o poder público continua de braços cruzados visando novas áreas para implementar projetos de concessão urbanística.

Por sua vez as mídias, consciente ou inconscientemente, vêm se demonstrando cúmplices desse processo, ao rotular e noticiar estas áreas da cidade como “cracolândia”. Vamos ser claros: a região da Santa Ifigênia e, agora, a Rua Apa, não são cracolândias. São ruas dessa cidade abandonada pelos nossos governantes, que, apesar dos elevadíssimos e inúmeros impostos que pagamos, se recusam a garantir ao cidadão segurança e dignidade para que possamos continua a trabalhar e pagar impostos. São ruas que abrigam pessoas de bem, que trabalham, cuidam de suas famílias, PAGAM IMPOSTOS e não têm a sorte (será mesmo?) de poder morar no Morumbi, em Higienópolis, no Alto de Pinheiros. Existe cracolândia nesses locais? Existe projeto de concessão urbanística programado para essas áreas?

Fica, aqui, nosso apelo para a mídia em geral: não rotulem as áreas da região central da cidade, de “cracolândia”. Respeitem os moradores desses bairros, respeitem o drama desses indivídios que precisam viver apesar de terem, na porta de suas casas, drogaditos abandonados à própria sorte, usados para propósitos financeiros escusos.

Usar essa denominação depreciativa desrespeita os moradores, fere a identidade desses indivíduos, modifica negativamente a relação que as pessoas mantêm com o local onde moram, além de ratificar e conferir legitimidade, a projetos altamente discutíveis. Não seria essa mesma a intenção do poder público?

Fernanda Monteiro, Secretária da ASCEVI

>> link para a publicação a A “Cracolândia” não é aqui, blog da ASCEVI

>> veja uma das matérias 'Nossa Senhora do Crack' ,sobre a polêmica instalação do artista Zarella Neto, a que o texto se refere, site da revista Zupi

sobre apresentação do projeto Nova Luz, versão consolidada

Sob críticas, Prefeitura de São Paulo apresenta projeto da Nova Luz
Plano que prevê a reurbanização do centro da capital paulista recebe reclamações de moradores e comerciantes, que acusam falta de garantias

de Brasil de Fato, por Patrícia Benvenuti, em 11/08/2011

Depois de sucessivos atrasos e de muitas críticas, a Prefeitura de São Paulo apresentou, na manhã desta quinta-feira (11), a versão consolidada do projeto da Nova Luz, que propõe a requalificação do centro da capital paulista.

A apresentação ocorreu na sede da Prefeitura e contou com a presença do prefeito, Gilberto Kassab (sem partido), do ex-governador Alberto Goldman, da secretária municipal de Assistência Social, Alda Marco Antonio, e do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, além de vereadores, moradores e comerciantes da região.

O projeto foi apresentado apesar da insatisfação de moradores e comerciantes da Santa Ifigênia, que reclamam de falta de garantias, de participação na elaboração das mudanças e de políticas para os problemas sociais, sobretudo para os dependentes químicos da chamada área da "Cracolândia".

O plano prevê a reurbanização de 45 quarteirões e duas praças no centro da cidade entre as avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, rua Mauá e avenida Cásper Líbero – o que corresponde a cerca de 500 mil metros quadrados. Das 45 quadras, 11 serão destinadas às Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), que priorizam habitações para famílias de baixa renda.

De acordo com o cronograma, as obras deverão ser executadas em 15 anos, em cinco fases. O objetivo do faseamento, segundo Bucalem, é minimizar que as intervenções prejudiquem a dinâmica da região. "O que dá estabilidade a um projeto é o longo prazo. Fazer um projeto rápido é perturbar a área e tirar as âncoras que a área tem, como a grande atividade comercial que tem lá", disse Bucalem.

Depois da apresentação do projeto, Kassab afirmou que o sentimento era de "dever cumprido na importante etapa de recuperação do centro". "Esse é um projeto construído com uma equipe excelente. São Paulo dará um exemplo da requalificação de uma área", prometeu. A fala de Kassab foi pontuada por manifestações de protesto contra o próprio prefeito e contra o projeto.

O próximo passo, de acordo com Kassab, será o licenciamento, seguido pela fase de licitação para escolher o concessionário que executará as obras. A expectativa do prefeito é de que as obras iniciem já no próximo ano.

Surpresa

O evento para apresentação do projeto surpreendeu a presidente da Associação de Moradores e Amigos da Santa Ifigênia e da Luz (Amoaluz), Paula Ribas, que também é membro do Conselho Gestor das Zeis.

Segundo ela, a Prefeitura havia convidado os moradores apenas para uma reunião, e não para a apresentação final do projeto. "Por que não avisaram pra gente que isso iria acontecer? Foi uma ‘tratorada’ sobre o bairro de novo", critica.

Diferente do que afirmou o secretário Miguel Bucalem, Paula garante que o projeto apresentado nesta quinta não levou em consideração as propostas feitas pelo Conselho Gestor das Zeis, que se referem sobretudo às questões sociais. "Na apresentação não constou nada do que viemos construindo nesses quatro meses. Isso é anular o trabalho da participação popular", afirma.

Nos próximos dias, segundo Paula, os integrantes do Conselho Gestor se reunirão para elaborar uma resolução. Eles querem que o projeto seja revisto, já que entre as prerrogativas do conselho está a aprovação do projeto final - o que não ocorreu com a Nova Luz.


Dependentes químicos

Uma das reivindicações do Conselho Gestor das Zeis se refere à formulação de políticas públicas para o tratamento de dependentes químicos que vivem na área. O projeto, no entanto, não faz referência à questão.

Recentemente, o prefeito Gilberto Kassab anunciou a criação de um programa intersecretarial para auxiliar na retirada de usuários de crack das ruas da capital paulista, especialmente na região central.

O prefeito reiterou que a intervenção urbanística e a questão dos dependentes químicos são assuntos "distintos" e negou que os esforços da Prefeitura visem a "limpar" a área para a implementação do projeto.

"São coisas independentes. O projeto da Nova Luz existe por conta da necessidade de reurbanização e requalificação de uma área. O apoio e o atendimento às pessoas independe de qualquer projeto. É uma questão de cidadania", disse.


Parceria

A principal mudança do projeto foi a possibilidade de que proprietários participem das intervenções. Eles poderão se associar entre si, ou se associar ao concessionário, para fazer as reformas nos imóveis. Se não houver interesse dos proprietários em realizar as obras, segundo Miguel Bucalem, os imóveis serão desapropriados e a reforma será feita pelo concessionário.

Paula Ribas, no entanto, considera a medida limitada. Ela lembra que a região conta com moradores de perfis econômicos muito diferentes e que a medida não beneficiará as famílias de baixa renda, que não terão recursos para entrar na parceria proposta pela Prefeitura.

"São diferentes perfis de moradia. Como é que a gente vai entrar como sócio da Prefeitura para fazer qualquer tipo de transformação?", questiona.


Lei de concessão

A maior crítica de moradores e comerciantes se dá em relação à Lei de Concessão Urbanística (14917/09), que concede a empresas o poder de desapropriar imóveis residenciais e comerciais, para reformar, demolir, construir e obter lucro com a revenda. Para eles, o mecanismo é uma forma de atender a interesses privados e aumentar a especulação imobiliária.

No dia 26 de agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgará uma ação contra a lei municipal que cria a concessão urbanística. O agravo regimental foi impetrado em maio de 2011 e é movido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo (SincoElétrico) em nome de lojistas da região da Santa Ifigênia.

Bucalem, no entanto, refuta irregularidades na lei. "A concessão urbanística está no Plano Diretor Estratégico desde 2002. Há uma grande convicção do corpo jurídico da Prefeitura de sua constitucionalidade", afirmou.

Os proprietários também querem a revisão do texto da lei, que prevê que somente a concessionária pode ser a responsável pela execução das obras de reurbanização. A Prefeitura até agora, no entanto, não deu mostras de que poderia mudar a lei.

Moradores e lojistas temem não poder permanecer na área depois das reformas. De acordo com Bucalem, os proprietários afetados ganharão uma nova unidade, enquanto os locatários receberão um aluguel-social para ficar com um imóvel na mesma região.

Segundo ele, a Secretaria Municipal de Habitação fará ainda um novo cadastramento dos moradores. "Queremos garantir que todos que moram lá tenham acesso à possibilidade de permanecer, e a Secretaria de Habitação vai desenhar um programa específico para isso", disse, sem fornecer mais detalhes de como será o reassentamento das famílias.

A falta de garantias e de clareza, porém, preocupa quem está na região. Anteriormente, o consórcio responsável pelo projeto já havia feito um levantamento dos moradores da área, cujos resultados, segundo Paula, nunca foram revelados. "Até hoje nunca tivemos o resultado do cadastramento feito pelo consórcio, ninguém nunca teve acesso a essas informações", segundo ela.

>> link para publicação original, em Brasil de Fato.

>> veja no site 'projeto Nova Luz' a 'versão consolidada do projeto Nova Luz', apresentada pela Prefeitura de São Paulo.

versão consolidada, projeto Nova Luz

PREFEITURA APRESENTA VERSÃO CONSOLIDADA DO PROJETO NOVA LUZ
Projeto que incorpora sugestões da população, garante a permanência dos atuais moradores e o incremento do comércio local

de portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, publicado 11/08/2011

São Paulo, 11 de Agosto de 2011 - A Prefeitura de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), apresenta nesta quinta-feira (11/08) o projeto consolidado da Nova Luz, desenvolvido em parceria com o consórcio formado pelas empresas Concremat Engenharia, Companhia City, Aecom Technology Corporation e Fundação Getúlio Vargas (FGV). O projeto de requalificação das 45 quadras e 2 praças que compõem a região incorpora em sua versão final sugestões da população acolhidas ao longo do extenso período de consultas públicas, englobando duas audiências públicas na Câmara Municipal, reuniões com Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES), Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), Conselho Municipal de Habitação (CMH), Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU), Comissão Executiva Operação Urbana Centro, entre outros, 9 reuniões com representantes ligados ao setor de Comércio, 15 reuniões com representantes ligados ao setor de Habitação e 5 reuniões do Conselho Gestor da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), além de 1.957 atendimentos e 37 reuniões no Espaço Projeto Nova Luz.

Entre os aspectos incorporados ao projeto, o concessionário que vencer a licitação para implantação do projeto urbanístico será o responsável pelas melhorias de infraestrutura públicas, mas, na versão consolidada, não será o único responsável pelas melhorias do espaço privado e da execução das obras. Os proprietários e comerciantes locais poderão se unir e realizar as intervenções nos imóveis de uma quadra por conta própria, atendendo às diretrizes do projeto urbanístico, por meio da chamada implantação voluntária - inovação, aliás, sugerida pela população. Nesse caso, caberá ao concessionário verificar se os proprietários estão executando as intervenções de acordo com as diretrizes do projeto. Outra possibilidade é a implantação compartilhada, uma atuação conjunta entre o concessionário e proprietários dos imóveis.

Adicionalmente, um cronograma das intervenções nas quadras foi integrado ao projeto como forma de minimizar o impacto das obras sobre a dinâmica local. O projeto vai ser implantado em cinco fases, cada uma correspondente a um conjunto de quadras que serão renovadas sucessivamente. A primeira fase das intervenções, aplicada em lotes maiores, se inicia logo após a concessão e deverá ser concluída ao final do quinto ano de concessão. A previsão é que a execução das obras de cada fase dure dois anos e meio. Assim, na sequência, as intervenções serão feitas do ano 5 ao ano 7,5 (segunda fase); do 7,5 ao décimo ano (terceira fase); 10º ao ano 12,5 (quarta fase) e do 12,5 ao 15º ano, o que conclui todas intervenções planejadas.

Entenda os benefícios do Projeto Nova Luz

O projeto consolidado de requalificação urbana da Nova Luz prevê ampliar em 94% o potencial construtivo da região, agregando cerca de 1 milhão de metros quadrados de novas construções e viabilizando o aumento do potencial comercial e de serviços da região em cerca de 370 mil metros quadrados. Estima-se que, com as intervenções previstas, a Nova Luz dobre a sua população residente, acolhendo aproximadamente 12 mil novos moradores, e amplie em 80% o número de postos de trabalho na região, com cerca de 19.400 novos empregos.

O projeto urbanístico para a Nova Luz prevê complementarmente a criação de uma malha de ciclovia com 7,3 km de extensão, melhor conexão dos pedestres com as estações de metrô e de trem, alargamento das calçadas e acessibilidade universal, além de aproximadamente 6 mil metros quadrados de novas praças e áreas livres e a criação de uma área de entretenimento com cinemas e teatros. Desta forma, a transformação proposta não apenas garantirá a permanência dos moradores e comerciantes que hoje fazem parte da geografia humana e econômica do local, como trará benefícios à população paulistana como um todo.

Os atuais e futuros moradores da região da Nova Luz serão ainda beneficiados com a implantação de equipamentos sociais e culturais. No tocante à educação, está prevista a instalação de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) e uma de Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) e três creches. Serão ainda implantados uma Unidade Básica de Saúde (UBS), um Centro de Atenção ao Idoso, um posto de assistência social e o Centro Integrado de Promoção Humana, com biblioteca e áreas para capacitação. A maioria desses equipamentos será alocada na ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), que poderá contar também com 2.152 novas unidades habitacionais, sendo 1.160 unidades de interesse social (0 a 6 salários mínimos) e 992 de mercado popular (priorizando a população com renda familiar entre 0 (zero) e 16 salários mínimos).

O Conselho Gestor da ZEIS, previsto desde o início do projeto, já está implementado. Com o objetivo colaborar na elaboração e implementação do plano de urbanização da ZEIS, o conselho é formado por representantes da Prefeitura, dos moradores e das entidades sociais que militam na região da Nova Luz.

>> link para publicação original, em portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

>> veja no site 'projeto Nova Luz' a 'versão consolidada do projeto Nova Luz', apresentada pela Prefeitura de São Paulo.

visita ilustre, 'Space Invaders', no Minhocão?

ops!!! um dos "invasores do espaço" do artista francês Invader no Elevado Costa e Silva ??? Bienvenue!

trecho da matéria "É a minha missão poética, diz Invader sobre intervenções em SP", publicada na Folha.com, por Fernanda Mena, 05/08/2011

"Na noite de ontem, um avião cruzou os céus de São Paulo levando embora um artista francês que, em 20 dias de visita à capital paulista, deixou um rastro de 50 "invasores do espaço" espalhados pelas ruas da cidade.

O que ele chama de "invasão" é um processo pelo qual já passaram cidades como Londres, Nova York, Tóquio, Melbourne e até Katmandu, no Nepal. São Paulo é a 21ª a ser tomada pelo artista.

O projeto faz parte da exposição "De Dentro e de Fora", que reúne no Masp oito dos mais importantes nomes da chamada "street art" internacional.

O processo é sempre o mesmo. Sob o codinome Invader e com uma coleção de azulejos na mala, ele estuda o mapa da cidade, compra cimento na loja de construção mais próxima e espera a noite chegar para cobrir muros e viadutos com mosaicos em forma de "space invaders", personagens do videogame homônimo do final dos anos 70. (...)"

_______________________
... e pelo Elevado Presidente Costa e Silva ... um dos 50 "invasores do espaço"???...  de Invader??? um impostor, um genérico????


























>> veja a matéria completa 'É a minha missão poética, diz Invader sobre intervenções em SP'e imagens, site Folha.com
>> veja outras supostas intervenções de Invader, em sua passagem por São Paulo, publicação 'Space Invaders em São Paulo', blog Quase Concreto

projeto 'São Paulo Antiga'

'São Paulo Antiga', projeto de catalogação e história de construções esquecidas na cidade de São Paulo.
desenvolvido por Douglas Nascimento, jornalista, fotógrafo e pesquisador e Glaucia Garcia de Carvalho, pesquisadora e professora.

informações site São Paulo Antiga

Desenvolvido a partir da ideia apresentada através do site português Lisboa Abandonada e também pelo argentino Basta de Demoler, onde cidadãos de uma maneira informal criam arquivos fotográficos e iconográficos registrando construções esquecidas na cidade, elaborou-se o projeto de catalogação e histórica da cidade de São Paulo chamado inicialmente de: “São Paulo Abandonada”.

Tomados pelas duas referências, já que estamos interessados na preservação e conservação de nossa história, o site foi desenvolvido após uma análise de que a cidade de São Paulo vem sofrendo constantes transformações e pouca preservação.(...)

O objetivo deste trabalho consiste em arquivar o que está acontecendo com nossa cidade através da união de jornalismo, história, arquitetura e fotografia, registrando todos esses acontecimentos através de nossa equipe, e demais colaboradores, que se preocupam com uma melhor qualidade de vida.(...)

Em meados de 2010, o projeto cresceu muito mais do que prevíamos inicialmente e em virtude disso decidimos alterar o site para um nome mais abrangente que não só faça referências às construções abandonadas que temos em nossa cidade, mas também a história da cidade em geral. A partir dai ampliamos a cobertura para várias outras cidades e também passamos a abordar temas da evolução da cidade. Foi a partir deste crescimento que em 01 de setembro de 2010 o São Paulo Abandonada passou a ser chamado São Paulo Antiga.

Colaboração

Qualquer cidadão pode colaborar com o projeto, fazendo uma denúncia através do link “Contato” no alto da página, enviando o local onde se encontra o bem abandonado ou em risco, ou mesmo imagens do mesmo. Após uma triagem inicial pela equipe a denúncia poderá ser publicada.

>> Conheça o projeto "São Paulo Antiga"

______________________________________________
No mapa, algumas das construções próximas ao Elevado Costa e Silva, mapeadas pelo projeto 'São Paulo Antiga'
(clique nos ícones assinalados em vermelho e amarelo para navegar pelas informações)


Visualizar São Paulo Antiga em um mapa maior