PL que reconhece grafite como manifestação artística e autoriza, é apresentado à Câmara

grafite na coluna do minhocão, altura do Largo Pe Péricles.
Foto: janeiro/2013
De autoria do vereador Nabil Bonduki, o projeto de lei nº 840/2013 reconhece a prática do grafite como manifestação artística, e autoriza em espaços públicos e privados.

Mais importante do que reconhecimento do grafite como manifestação artística, porque isso não é mais questionável, é a sua autorização!!!
 
Reconhecer, autorizar e incentivar o grafite será de grande valia para a arte e cidade!!! Porém, 'elevar o grafite à status de obra de arte com caráter permanente', não beneficiará a arte de rua e sim um mercado.


 → leia o   projeto na íntegra  


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do site Cidade Aberta, 27 de novembro de 2013
PL que reconhece grafite como manifestação artística é apresentado à Câmara

Na terça-feira, 26 de novembro, foi protocolado o projeto de lei nº 840/2013, de autoria do vereador Nabil Bonduki, que reconhece a prática do grafite como manifestação artística “de valor cultural, sem conteúdo publicitário, realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado”. 

Com a lei, os chamados “artivistas culturais”, que há tempos lutam para que sua arte seja reconhecida, estão autorizados a utilizar espaços públicos e privados, como postes, colunas, túneis, paredes cegas, tapumes de obras, entre outros, para a prática do grafite, desde que não faça referência a marcas ou produtos comerciais, ou que não contenha mensagens de cunho pornográfico, racista, preconceituoso, ilegal ou ofensivo a grupos religiosos, étnicos ou culturais. 

Quando o espaço for bem protegido, será necessário apresentar documento de aprovação emitido por órgão responsável para que o grafite seja autorizado. 

O PL leva em conta o impasse da relação entre os artistas e o poder público, já que, muitas vezes a obra é apagada, frustrando os cidadãos que admiram o trabalho e os próprios grafiteiros. 

Dessa forma, visa solucionar alguns dos problemas que marcam a rotina de quem faz arte na cidade, que muitas vezes gasta longos períodos em busca de uma autorização para, logo depois de realizada sua intervenção, vê-la apagada sem maiores explicações. 

A medida, portanto, deve conceder parâmetros para que a realização de intervenções artísticas por meio do grafite contribua para que o cotidiano da cidade fique mais alegre, colorido e humano. 

A proposta será encaminhada para tramitação em comissões específicas, deve ser votada e, se aprovada, segue para sanção. 

Confira o projeto na íntegra


>> conheça o site Cidade Aberta, do urbanista e atual vereador Nabil Bonduki   

'Esparrama pela Janela', intervenção cênica no Minhocão

da janela do 3° andar de um edifício da Rua Amaral Gurgel, coladinha ao Minhocão, o Grupo Esparrama de teatro apresenta a intervenção cênica Esparrama Pela Janela.

Em Esparrama Pela Janela qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência, pois parte dos integrantes do grupo reside no edifício a cerca de dez anos. “Há anos temos uma visão privilegiada da dupla ocupação que ocorre no elevado: de dia, um mar de carros que utilizam o centro apenas como um lugar de passagem e, a noite, centenas de pessoas que, ao utilizar o Elevado, demonstram que a vida pulsa nessa região”, segundo o ator Rani Guerra.

então,
 
aos domingos!!! de 17 de novembro à 15 de dezembro
morador cansado do barulho e da poluição!!! transforma caos em  poesia !!!!
Foto: Sissy Eiko/divulgação
por Grupo Esparrama
Esparrama pela Janela

Diariamente o Minhocão é invadido pelo trânsito, poluição e barulho, porém à noite e aos domingos, quando é fechado, a população o utiliza como espaço de convivência, prática de esportes e lazer.
Agora os integrantes do Grupo Esparrama também resolveram dar a sua contribuição e querem fazer dos domingos no Minhocão uma boa opção de diversão com arte!
O público poderá assistir do Minhocão a uma apresentação que acontecerá de uma janela a cerca de cinco metros de distância, com palhaços, teatro de bonecos, manipulação direta, máscaras de comédia humana, música e claro, muito bom humor!!!

O espetáculo conta a história de um morador que está cansado de conviver com o barulho e poluição que entram diariamente por sua janela localizada em frente ao Minhocão.
Ele decide então transformar este caos em poesia e alegria e devolve-las para a cidade.


Esparrama pela Janela!
De 17 de novembro Até 15 de dezembro.
Todos os domingos, em três sessões: 10h30, 14h30 e 16:30h.
Onde: no Minhocão (entre as alças de acesso do Metrô Santa Cecília e a Rua Consolação)
É só subir no Elevado por uma das alças de acesso e observar as placas de sinalização que serão colocadas nos dias das apresentações!
Agora, e se chover?
Não venha, venha no próximo domingo!
Porém, sem chuva os espetáculos acontecerão e nós esperamos por vocês!!!

Acesse também a nossa página no facebook:
Página do evento:


>> ++ sobre o Grupo Esparrama em www.facebook.com/esparrama        

Minhocão na Virada Esportiva - Skate Run

Skate Run em São Paulo, no Elevado Costa e Silva, parte da programação da Virada Esportiva, 22/09/2013
'... a idéia do skate como opção de mobilidade...', e olha só, o vencedor da prova na categoria profissional, Rodrigo Steinbach, conhecido como "Rato", realizou o percurso de 8 KM em 20min 24s!!!


vencedor da prova Rodrigo Steinbach, o "Rato", 8km em 20min e 24s!!!









>>  mais informações no site  Skate Run 

o grafite no Minhocão, parada Pacaembu

av. General Olímpio da Silveira, 500 , parada de ônibus Pacaembu


>> nas pilastras do Minhocão    (post.10)   

pilastra na Av. Gal. Olímpio da Silveira com Viaduto Pacaembu. Foto: janeiro/2013























>> 'Elevado Maquiado'

3,20 É ROUBO!!! 3,00 É ROUBO!!!

TRANSPORTE PÚBLICO QUESTÃO PARA USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS.
É MOBILIDADE URBANA!!


>> conheça o Movimento Passe Livre São Paulo - por uma vida sem catracas

Centro Lapa , R$ 3,20 É ROUBO!!! Foto: 27/06/2013

Prefeitura de São Paulo, anúncio de medidas para o combate ao crack

São Paulo terá 30 unidades de saúde para atender dependentes químicos
Haddad anunciou um conjunto de medidas para o combate ao crack. Serão 30 Caps Ad III (atendimento 24 horas), 16 novos Consultórios de Rua e cinco ambulâncias especializadas

do Portal da Prefeitura da Cidade São Paulo, publicado em 26/04/2013

Convênio entre Prefeitura e Estado visa o combate às drogas.
Foto: Cesar Ogata / SECOM.
O prefeito Fernando Haddad anunciou nesta sexta-feira (26) a instalação de 30 Caps Ad III (Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas) para o atendimento 24 horas de pacientes com dependência química. As novas unidades de saúde fazem parte de um conjunto de medidas para o combate ao crack, que incluem ainda 16 novos Consultórios de Rua e cinco ambulâncias especializadas. As ações foram anunciadas nesta manhã, em conjunto com o governador Geraldo Alckmin, em ato de assinatura de convênio com o Governo do Estado, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul.

“Hoje nós temos só cinco Caps funcionando 24h. Nós sabemos que a dependência química não tem hora, não se sabe quando o dependente vai precisar de apoio. Passaremos de 5 para 10 unidades este ano e de 10 para 30 até o fim de 2014”, afirmou Haddad. “Queremos acolher o dependente, recuperar a sua dignidade e dar mais conforto para as famílias na cidade de São Paulo”, disse o prefeito.

Os Caps Ad III ficam abertos ao público ininterruptamente e possuem leitos de acolhimento noturno. A prefeitura construirá 10 novas unidades e 20 Caps Ad II, que atendem atualmente apenas durante o dia, serão transformados em tipo III, totalizando 30 equipamentos. O atendimento é realizado por uma equipe multidisciplinar com psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem e farmacêuticos.

A administração municipal também investirá na capacitação dos profissionais de saúde para um melhor atendimento aos dependentes químicos. “A partir de segunda-feira, 12 mil profissionais da Secretaria Municipal de Saúde participarão de capacitação voltada para a questão de saúde mental”, afirmou Haddad. O treinamento terá início na próxima semana com 650 agentes comunitários de saúde.

Para ampliar a abordagem e acolhimento dos pacientes com dependência química em situação de rua, a Secretaria Municipal de Saúde também implantará novos Consultórios de Rua. “Chegamos a oito consultórios no mês de abril e vamos criar mais oito em maio. Estas 16 equipes de estratégia de saúde da família, de agentes comunitários, fazem a abordagem, em uma ação de atenção básica e de busca ativa”, explicou o secretário José Fillipi (Saúde).

O número de unidades de Acolhimento e Residência Terapêutica Especial também vai aumentar de 11 para 25. Estes equipamentos são voltados para pacientes no final de seu tratamento. Reforçam o sentimento de independência e recolocam o usuário no convívio social.

Parceria

 

Em parceria com o governo estadual, serão ainda disponibilizadas cinco ambulâncias do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), especializadas no atendimento de pacientes com dependência química. As equipes serão capacitadas para a especialidade psiquiátrica e o custeio será dividido pela administração municipal e pelo Estado. “Cinco ambulâncias novas que recebemos do Governo Federal serão adaptadas para o Samu Ad. Em trinta dias vamos ter a primeira em funcionamento”, afirmou Fillipi.

Os investimentos anunciados serão feitos com o apoio da União, por meio do programa “Crack, é possível vencer”. O convênio com o Estado promove ainda a integração no fluxo de atendimento aos dependentes de crack, entre a rede municipal de Caps, a unidade estadual do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas e 1004 leitos da rede estadual de saúde mental.


>> link para publicação original no Portal da Prefeitura da Cidade de SP

Minhocão Festival

de 05 à 14 de abril, Festival BaixoCentro no Minhocão e região
Festival BaixoCentro, segunda edição. O festival propõe a ocupação do espaço público da região central de São Paulo, nos bairros de Santa Cecília, Vila Buarque, República, Campos Elísios, Barra Funda e Luz, com música, dança, filmes, oficinas, debates e diversas apresentações e intervenções artísticas. 


imagem: divulgação Festival BaixoCentro

















>> ++ sobre o Festival e a programação completa no site Festival BaixoCentro

Elevado Costa e Silva, proposta de mudança de nome para 'Minhocão'

No aniversário do golpe militar, vereador propõe mudar nome do Elevado Costa e Silva
Projeto de lei de Nabil Bonduki quer trocar nome do segundo presidente da ditadura que governou o País entre 1964 e 1985 por Minhocão
 
do O Estado de S. Paulo, por Iuri Pitta, 01/04/2013

SÃO PAULO - A extinção do Elevado Costa e Silva pode começar pelo nome. Aproveitando a efeméride dos 49 anos do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart, o vereador paulistano Nabil Bonduki (PT) apresenta nesta segunda-feira, 1, projeto de lei para renomear como Minhocão o viaduto construído pelo então prefeito Paulo Maluf cuja demolição foi proposta pela gestão Gilberto Kassab (2006-2011).

Arthur da Costa e Silva foi o segundo presidente militar do regime que governou o País entre 1964 e 1985. Era da chamada linha-dura do Exército e foi quem editou o Ato Institucional 5 (AI-5) em dezembro de 1968, desencadeando a onda de repressão política mais violenta dos chamados anos de chumbo. No ano seguinte, sofreu um derrame e morreu meses depois, em dezembro. Maluf inaugurou o elevado em 1971 e, desde então, uma série de governantes da capital cogitam a demolição do viaduto.

Para Nabil, que é professor de arquitetura e urbanismo da USP, mudar o nome do elevado também seria um primeiro passo para discutir o papel do Minhocão para a cidade. "É preciso rediscutir o uso do elevado, que é ruim durante o dia, mas importante como área de lazer à noite e aos domingos", disse o vereador. "Não necessariamente seria preciso demolir o Minhocão. Tirar esse estigma, esse vínculo com o regime autoritário é um passo para repensar e olhar o elevado de outra forma."

Nas últimas duas legislaturas, outros dois projetos tentaram alterar o nome do elevado, mas não chegaram a ser aprovados. Em 2008, a então vereadora do PT Soninha Francine fez proposta idêntica à de Nabil. Dois anos depois, o hoje secretário municipal Eliseu Gabriel (PSB) quis trocar o nome de Costa e Silva pelo do presidente argentino Néstor Kirchner, morto em 2010.

Outras vias. O parlamentar também vai propor alterações na legislação municipal para facilitar a mudança de denominação de outras vias públicas que façam menção a pessoas ligadas à violação de direitos humanos. Hoje, é proibido trocar o nome de uma rua ou avenida, exceto em casos específicos, como termos que exponham a comunidade ao ridículo ou se duas localidades tiverem a mesma denominação. A assessoria do vereador está levantando a quantidade de vias públicas que hoje fazem menção a nomes envolvidos na repressão política.

A última ponte da Marginal do Tietê, hoje identificada como Ponte Imigrante Nordestino, até o ano passado levava o nome do general Milton Tavares de Souza, que foi diretor do Centro de Inteligência do Exército (CIE) no governo Emílio Garrastazu Médici, outro oficial da linha-dura, e era suspeito de envolvimento direto com ações de tortura. A mudança foi proposta em 2006 pelo então prefeito José Serra (PSDB) - que era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1964 e teve de se exilar após o golpe - e aprovada com apoio da base de Kassab na Câmara. Uma praça na Vila Maria, zona norte, no entanto, ainda mantém o nome do oficial - essa repetição do nome é que permitiu a mudança do nome da ponte.

Na Vila Leopoldina, uma travessa sem saída da avenida que identifica ao bairro leva o nome do delegado Sérgio Paranhos Fleury. O policial chefiou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) nos anos mais agudos da repressão política e foi acusado de atuar no Esquadrão da Morte, grupo que praticava execuções à revelia da Justiça.

Um trecho da Marginal do Tietê, sentido Ayrton Senna, é oficialmente chamada de Presidente Castelo Branco, marechal que assumiu a vaga de Goulart em 1964 e editou os primeiros atos institucionais da ditadura. O general Golbery do Couto e Silva, um dos ideólogos do regime, é homenageado em uma avenida no Grajaú, zona sul. Uma praça no Itaim-Bibi, também na zona sul, leva o nome do almirante Augusto Rademaker, um dos oficiais da junta militar que governo o País após o derrame de Costa e Silva, em 1969.


>> link para publicação original em O Estado de S. Paulo

>> link para o PROJETO DE LEI 01 - 00177/2013 do vereador Nabil Bonduk, sobre a alteração de nome Elevado Costa e Silva para 'Minhocão', no portal da Câmara Municipal de São Paulo.

>> veja ++ sobre Nabil Bonduk, urbanista e atual vereador, no site 'Cidade Aberta'


anúncio da prefeitura sobre novas políticas para moradores de rua

Prefeitura cria novas políticas para moradores de rua
Parceria com SENAI irá oferecer cursos gratuitos e garantirá profissionalização e emprego para duas mil pessoas ainda neste ano. Cidade também ganhará novo abrigo para famílias

do Portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo, em 25/03/2013


Em 2013, meta é garantir profissionalização e emprego para 2.000 pessoas
em situação de rua na cidade. Foto: Fernando Pereira / SECOM
O prefeito Fernando Haddad anunciou nesta segunda-feira (25) duas importantes ações que iniciam uma nova política relativa à população de rua da cidade de São Paulo. Foram criados um programa de qualificação profissional, o Comitê Intersetorial da Política da População em Situação de Rua e o Família em Foco, que abrigará 17 famílias em situação de risco. As novas ações foram anunciadas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, no Centro. Em 2013, meta é garantir profissionalização e emprego para 2.000 pessoas.

“Temos que enfrentar este desafio, aprender e desenvolver novas tecnologias e idéias para encontrar alternativas que não seja a repressão, que não é solução para nada, e desenvolver um trabalho em comum acordo”, afirmou o prefeito a respeito das novas políticas implantadas em sua gestão, que priorizam a inclusão e a inserção social.

Uma das prioridades do prefeito Fernando Haddad é minimizar a situação dos moradores de rua. Ações, programas e normativos para essas pessoas estão sendo redefinidos e o gerenciamento dessa política passa a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

“São Paulo é a primeira cidade, de fato, a aderir essa política nacional do governo federal para a população em situação de rua. Há oito anos a gente apanhava a mando de alguém da guarda municipal e, hoje, a guarda toca para o povo da rua. Isso é respeito, é cidadania para a população em situação de rua”, afirmou o integrante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Anderson Lopes.

A parceria com o Senai/SP oferecerá cursos profissionalizantes específicos, por meio do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para a população em situação de rua com perspectiva de inserção no mercado de trabalho, com a garantia de empregos ao final dos cursos. Os participantes serão inscritos em grupos de 200 a cada dois meses, para que todos sejam acompanhados individualmente e que suas demandas e especificidades sejam atendidas.

Inicialmente serão oferecidos cursos de almoxarife; auxiliar administrativo; confeccionador de bolsas em couro e material sintético; confeccionador de bolsas em tecido; mecânico de bicicleta; mecânico de motores a diesel; padeiro; pedreiro de alvenaria estrutural; eletricista instalador predial de baixa tensão; encanador instalador predial; pintor de imóveis; vidraceiro; e aplicador de revestimento cerâmico. As primeiras turmas serão iniciadas em abril e os participantes receberão auxílios refeição e transporte.

Também participaram do evento o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, o presidente da FIESP, Paulo Skaf, além de outros secretários municipais e estaduais, bem como representantes do governo federal, dos movimentos sociais, entidades e a população em situação de rua.

“Todos reconhecem a dificuldade. Ninguém é ingênuo ao ponto de imaginar que nós colocamos um programa histórico que já terá solução imediata, mas essa combinação de esforços, juntando os saberes do SESI, do SENAI, do SENAC, nós vamos encontrar o caminho para superar essa dificuldade”, afirmou Haddad.

Comitê

Com a criação do Comitê Intersetorial da Política da População em Situação de Rua, as ações, programas e normativos para a população em situação de rua serão definidos e passarão a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

“Estamos mudando os rumos e realinhando as prioridades do município para conceder direitos humanos a todas as pessoas que vivem nessa cidade. Essa é a determinação do prefeito e vamos perseguir isso até o fim do nosso mandato para fortalecer os direitos humanos em todo o município com a participação ativa da sociedade”, destacou Rogério Sottili.

O comitê será composto paritariamente por representantes do Poder Público Municipal e da sociedade civil, garantindo a participação social, por exemplo, ao elaborar subsídios para o Plano Municipal da Política da População em Situação de Rua.

Segundo o Censo da população em situação de rua na municipalidade de São Paulo realizado em 2011 pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, 14.478 pessoas vivem em situação de rua na cidade, sendo que mais da metade dessa população (55,3%) concentra-se na região central, seguida pela Zona Leste, que concentra 22,3% desses indivíduos.

Família em Foco

Criado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), o projeto Família em Foco tem o objetivo de atender demandas específicas e garantir a inclusão da população em situação de rua, principalmente às famílias com alta vulnerabilidade. Inicialmente, 17 famílias receberão moradia, alimentação, vaga em creche ou escola, atendimento médico, capacitação profissional - por meio de uma parceria com o SENAI/SP e o Pronatec - e encaminhamento para emprego.

A casa batizada de “Espaço Dom Luciano Mendes” será administrada pela Organização Social Bom Parto, e está sendo totalmente reformada com recursos da Secretaria de Assistência Social, que também será responsável pela inserção das famílias na rede de benefícios sócio-assistenciais, como por exemplo, Bolsa Família, BPC e demais programas de transferência de renda.

Serão selecionadas famílias em situação de rua consideradas com alta vulnerabilidade têm integrantes com baixa escolaridade, desemprego, sem qualificação profissional, uso de álcool ou outras drogas, e filhos sem acesso à rede de ensino. A missão é a reinserção delas na sociedade, desenvolvendo a autonomia por meio de um trabalho integrado das Secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos e Cidadania, Habitação, Saúde, Educação e Trabalho.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS/Mooca) coordenará o projeto piloto, sob a Supervisão Regional da Assistência Social (SAS/Mooca) e do Comitê Intersetorial. As primeiras famílias a serem atendidas serão encaminhadas à casa pelos serviços especializados de abordagem social de rua.

O novo Centro de Acolhida que fica na rua Júlio de Castilho, 620/622, no bairro do Belém, zona leste da cidade, funcionará 24 horas, dispondo de dormitórios, refeitório/convivência, cozinha, sala de administração/atendimento técnico, lavanderia e sanitários.

“A idéia é promover o fortalecimento bio-psico-social e econômico das famílias acolhidas na perspectiva de reconstituição de vínculos e desenvolvimento de capacidades e habilidades, além de garantir a inclusão destas famílias no CadÚnico e em outros serviços, projetos e programas das políticas básicas de saúde, assistência, educação, trabalho e educação. Precisamos oferecer portas de saída para estas pessoas, temos que ajudá-las a serem protagonistas de suas vidas”, explica a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer.


>> link para publicação original no Portal da Prefeitura de SP

sobre a 'queda de braço' pelo centro de São Paulo - entrevista com Ermínia Maricato à Rede Brasil Atual

Política urbana em São Paulo sairá de debates e confrontos, diz urbanista
Autoridade no tema, Erminia Maricato afirma que a sociedade precisa se organizar para pensar em como ocupar o espaço urbano e equilibrar as políticas sociais com o ímpeto do mercado

por Gisele Brito, da Rede Brasil Atual, publicado em 04/03/2013

Sem-teto ocupam terreno na região central
da capital paulista e refletem os muitos
déficits sociais deixados pelo mau
planejamento urbano (©DaniloRamos)


São Paulo – A urbanista e professora da Universidade de São Paulo Erminia Maricato afirma que as forças que movem a especulação imobiliária põem em risco a promessa de renovação na maneira de se pensar a ocupação dos espaços na capital paulista, em contraponto com o que acena o prefeito Fernando Haddad. “O centro de São Paulo vive uma queda de braço há muito tempo. Há 30 anos ouvimos falar em moradia popular naquela região”, disse à Rede Brasil Atual, ao relatar que o mercado ignora a necessidade de moradia para famílias de menor renda.

Ela lembrou também que o sucesso de uma política urbana construída a partir do diálogo com a sociedade precisa levar em consideração também um fator que foge ao controle do prefeito: o crescente número de automóveis que “entopem” as ruas e que leva ao confronto entre o transporte público e o privado, ambos vorazes consumidores de recursos.

Ermínia Maricato foi secretária de Habitação de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1993) e secretária executiva do Ministério das Cidades do governo Lula.

Ao comentar o chamamento ao diálogo feito por Haddad na última semana, Ermínia afirmou que o encontro foi importante e que espera que a sociedade aproveite o momento para organizar o debate sobre a cidade que espera ter no futuro. "O prefeito não pode tudo" Acompanhe os principais trechos da entrevista.

A senhora já disse algumas vezes que se deveria parar de discutir o Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo e começar a pensar a política de urbanização da cidade de outras formas. A prefeitura iniciou há alguns dias as discussões para a construção de um novo PDE. Que importância terá essa discussão?

O Millôr (Fernandes, escritor e jornalista) soltou uma frase uma vez que era assim: os sábios discutem as incertezas, os ignorantes atacam de surpresa. O Plano Diretor é uma peça para os “sábios” discutirem. Ele é um fetiche na nossa sociedade, é um mito até para a mídia. Já temos vários textos sobre “a ilusão” do Plano Diretor. Porque se ele fosse colocado em prática, nenhuma cidade brasileira teria os problemas que tem, principalmente essa falta de controle sobre ocupação do solo.

O Plano Diretor propõe coisas como harmonia, alegria e tudo o mais. Porém, você tem um investimento do Orçamento Público que vai para o outro lado. Todo Plano Diretor fala que a prioridade é transporte público, mas aí se investe muita mais em pavimentação, em pontes, viadutos e túneis, tudo para o automóvel andar. Você está indo contra o Plano Diretor.

Muita gente acha que política urbana é obra – e não é. Política urbana é principalmente a orientação do uso e da ocupação do solo. Onde você vai manter a beira dos riachos e rios, onde você vai adensar moradia, onde vai ter metrô e trem. Mas no Brasil é obra. Porque está ligada com essa coisa de financiamento de campanha. Eu só tenho medo que esse Plano Diretor adquira essa característica do fetiche. A gente fica distraída e não percebe para onde realmente o investimento tá indo.

O urbanista João Sette também falou sobre a compra de terrenos na margem do Tietê por grandes empresas em um texto recente. A senhora já ouviu algo a respeito disso?

Sabemos que há muito capital privado comprando terreno na cidade em determinadas regiões. Nós temos um grupo de pesquisa no laboratório de habitação da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) bem grande. E temos estudantes que estão monitorando o mercado imobiliário, as características dos terrenos que estão sendo adquiridos, tipologia, preços, quais são as empresas, os canteiros de obras. Estamos estudando o centro da cidade há muito tempo.

Seria fundamental que a universidade colocasse tudo isso a serviço da população, para diminuir o “analfabetismo” urbanístico. Mas tem uma parte da academia que fala coisas que não interessam à população e tem outra que fala de um jeito que a população não entende. Mas a gente já tem um 'approach' com movimentos sociais. Já temos um pouco este traquejo, de estar ligado à informação acadêmica e também a pessoas que são líderes de bairros, de movimentos interessantes.

A prefeitura de São Paulo e governo do estado anunciaram uma parceria para construção e reforma de 20 mil moradias no centro de São Paulo na semana passada. Como avalia essa iniciativa?

Eu, na verdade, estou na torcida. Estamos num país onde a segregação é tão forte… o centro de São Paulo é uma área que está numa “queda de braço” há muito tempo. Há 30 anos você tem projetos que falam em trazer moradia social para a região. Como o capital imobiliário não sabe trabalhar com a moradia social – para famílias com renda abaixo de seis salários mínimos – não existe interesse.

Então há um conflito no centro de São Paulo. Tem muitos mestrados, doutorados, livros que mostram estes conflitos nos últimos trinta anos. Quando o prefeito fala “nós vamos construir 20 mil unidades, ele está apostando em um espaço que seria um dos poucos nesse país em que teríamos uma democracia. E seria a melhor de trazer segurança para aquele lugar, para qualquer lugar.

É o contrário do que uma classe média ou uma elite conservadora pensa. A hora que você tem uma mistura, que você tem chance de andar de dia e de noite, porque de noite tem gente que mora lá, não é só um lugar de trabalhar. Tem uma mulher, chamada Jane Jacobs que escreveu um livro chamado A Morte e Vida das Grandes Cidades em que ela fala exatamente isso: o centro morre à noite e os subúrbios – ela está se referindo aos subúrbios americanos – morrem de dia.

Para o centro não morrer à noite, temos que ter moradia no centro. Ter o centro vivo é o que traz a segurança. Ela até fala “nos olhos da rua”. Os olhos da rua são os comerciantes, que estão abertos durante o dia, e de noite, a população. O livro é de 1961. Veja, há tanto tempo ela está falando isso, e a gente continua segregando.

Na última quinta-feira (27) a senhora e outros urbanistas importantes estiveram com o prefeito Fernando Haddad. Como foi a conversa? 

Ele expôs o que tem sido feito, a suspensão do projeto Nova Luz, falou sobre o Arco do Futuro e as providências já tomadas para aumentar o número de corredores de ônibus. Falou também sobre a área de desenvolvimento urbano como um todo. A questão da inclusão social, da moradia social na área mais central da cidade … Ele queria ouvir um pouco o que a gente acha disso, foi uma conversa informal mesmo, interessante, descontraída.

O prefeito está bem intencionado, mas o quadro não é muito rosa, não. Por exemplo, esse “entupimento” de automóveis na cidade. Essa é uma coisa que não é o prefeito que define, quantos automóveis vão andar na cidade. Ele tem o poder de tornar o transporte público mais importante. Mas mesmo assim é uma disputa pelo transporte privado. Apostamos em um modelo tão irracional que é este de todos ficarem dentro de um automóvel e causar todos os males que o automóvel causa; de poluição, doenças, aquecimento global, depressão … porque aceitamos este modelo?

O prefeito não pode tudo. É isso que seria muito importante a sociedade discutir. Ninguém diz no Brasil que o automóvel é prioridade na mobilidade, você não acha isso escrito em nenhum lugar. Pelo contrário, você vai na legislação, na lei de mobilidade que foi aprovada este ano, e está lá que o transporte público é a prioridade. E não sai do papel. Agora, se a sociedade fosse mais esclarecida sobre quais são as forças que estão em jogo, e que às vezes precisamos criticar o prefeito, mas outras vezes, precisamos apoiar. Ou chegar no prefeito e falar: o que nós queremos é isso.

E como avaliar o que a prefeitura vem fazendo em termos de políticas urbanas?

Nós estamos sob uma intensa dominação das cidades brasileiras por parte de forças cuja principal preocupação não é o interesse público, pelo contrário. As grandes empreiteiras de infraestrutura estão entrando no mercado imobiliário – e há uma grande especulação imobiliária no país. Estamos diante de uma crise configurada para o interesse público. A maior parte das pessoas não tem condição de entrar no mercado imobiliário, nem com a ajuda de programas como o “Minha Casa, Minha Vida.”

Acho que esta situação precisa ser esclarecida para a população, a sociedade tem de se informar. Porque eu não vejo como o Executivo pode resistir a isso. A gente sabe o poder que o capital das grandes empreiteiras, o capital imobiliário – para não falar do setor automotivo – têm sobre as câmaras municipais. Como se vai controlar, regular isso? É muito difícil.

Agora, eu acho que a prefeitura tem de fazer o que a correlação de forças permite a ela fazer. Se tem a intenção de tornar a sociedade mais democrática, em primeiro lugar vem o transporte público. E parece que realmente ele (o prefeito Haddad) tomou iniciativas importantes; em segundo lugar é preciso democratizar o centro de São Paulo e suspender aquela coisa absurda e vergonhosa que era entregar patrimônio público quase de graça na mão das empreiteiras, como era na Nova Luz (projeto de intervenção urbana capitaneado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab).

E o Arco do Futuro?

Eu acho que muita gente considera importante reabilitar certas áreas de São Paulo, mas do meu ponto de vista – e foi isso que eu conversei na reunião – existe uma dívida com a periferia. Os bairros das periferias precisam se transformar em bairros urbanos. Precisam ter qualidade, oferta de serviços, oferta de infraestrutura, o que existe em certos bairros bons da cidade. Não digo que precisa ser igual a Higienópolis, mas é óbvio que você precisa retomar a proposta do CEU (Centros de Educação Unificados), por exemplo. Com o CEU você leva para o bairro pobre um serviço moderno, civilizatório. Uma qualidade de esporte, de lazer e de ensino que é um antídoto contra a violência. A minha posição é essa. Não sou defensora irrestrita do Arco do Futuro.

Dá para dizer que estas medidas iniciais são importantes, mas são “centrocêntricas”? A ideia é trazer para o centro parte da periferia. O pessoal que está defendendo o Arco do Futuro está pensando nisso. Você tornar estes espaços centrais mais democráticos. Porque é a região com melhores condições de mobilidade. Se isso fosse claramente possível eu apoiaria, mas eu temo que não seja. Porque o que tenho visto é que a sociedade brasileira tem um viés muito cruel de concentração de riqueza. Por exemplo: essa história de que pobre nas proximidades, abaixa o preço do metro quadrado. Porque ninguém quer pobre perto de casa. Se conseguir fazer um mix, eu acho ótimo. O secretário de Desenvolvimento Urbano (Fernando Mello) me explicou que eles estão fazendo também um levantamento dos recursos existentes na periferia. Estão com grupos intersetoriais em cada regional. O que é uma “super” novidade. Ter diversas secretarias no mesmo lugar para discutir a mesma coisa. Não adianta achar que desenvolvimento urbano vai se resolver sem a participação direta da área da Saúde, e principalmente sem a área de transporte.


>> link para publicação original em Rede Brasil Atual

Minhocão, 'Circuito das Estações'

Elevado Costa e Silva parte do percurso da corrida de rua 'Circuito das Estações Adidas/2013 - Outono', em 10 de março
























>> infromações sobre a corrida no site 'Circuito das Estações'

bloco Agora Vai, carnaval 2013

ELEVADO À FOLIA . . .   bloco Agora Vai, no Minhocão





























++ em Bloco Agora Vai no facebook

Minhocão, 'Circuito do Sol'

corrida passando pelo Elevado Costa e Silva, 03 de feveiro de 2013


corrida de rua 'Circuito do Sol', 03/02/2013























>> infromações sobre a corrida no site Circuito do Sol

2013!

grafite no prédio do antigo Lord Palace Hotel, rua da Palmeiras esquina com Helvétia. Foto: dezembro/2012.




































































Em 28 de outubro de 2012 o antigo Lord Palace Hotel foi ocupado pelo movimento FLM (Frente de Luta por Moradia). O prédio, projeto do arquiteto Francisco Della Mana, foi construído entre os anos de 1954 e 1958 pelo empresário Bumaruff. Inagurado em 28 de novembro de 1958 funcionou até 2006, quando fechou e manteve apenas o restaurante até 2009.

O prédio é um dos 53 apontados no Programa Renova Centro que consiste na desapropriação de edíficios vazios e ociosos e transformação em moradia para famílias com renda mensal de até 10 salários mínimos. Já desapropriado pelo poder público.


>> veja algumas infromações interessantes sobre o antigo Lord Palace Hotel na monografia 'INVESTIMENTOS EM RENOVAÇÃO DE EDIFÍCIOS: RECOMENDAÇÕES A PARTIR DE DOIS ESTUDOS DE CASO' de MARIANA MATAYOSHI, de 2011 (arquivo em pdf).

>> veja a apresentação do Programa Renova Centro, criado pela Prefeitura de São Paulo e gerido pela COHAB-SP (arquivo em pdf).

>> ++ sobre as ocupações realizadas no dia 28 de outubro de 2012 e sobre o movimento por moradia no site FLM - Frente de Luta por Moradia.